28 de maio de 2012

OM TARE TUTTARE TURE SOHA


Tara são emanações de Kuan Yin na forma tibetana.
  
  SIGNIFICADO DO MANTRA:


OM: O sagrado corpo, palavra e mente dos Budas.
TARE: Palavra que liberta de apegos e sofrimentos temporais e dos três reinos inferiores.
TUTTARE: Palavra que liberta de apegos e sofrimentos do samsara e dos três reinos inferiores.
TURE: Palavra que liberta dos obscurecimentos sutis, apegos a paz pessoal e do pensamento da felicidade perfeita individual.
SOHA: Possam essas bênçãos chegar ao coração e a mente.

O Nascimento de Tara


Se conta, que Avalokiteshavara, o Buda da Compaixão, que em profundo pesar ante os sofrimentos do samsara, lhe caíram lágrimas dos olhos, lágrimas essas que formaram um lago. Do fundo do lago emergiu uma flor de lótus. Quando o botão se abriu, uma maravilhosa divindade feminina saiu de dentro dela. Era Tara, que em sânscrito, significa "estrela".
A nobre Deusa Tara é descrita como "da cor da lua, calma, sorridente, sinuosa, irradiando luz de cinco cores..."
A Deusa Tara é o arquétipo da nossa própria sabedoria interna. Guia-nos e nos protege nas profundidades de nossas mentes inconscientes, ajudando a trazer para o consciente, nossas viagens pessoais rumo à liberdade. Ela governa o subterrâneo, a terra e os céus, o nascimento, a morte e a ressurreição, o amor e a guerra, as estações, tudo que vive e cresce, os ciclos da Lua, toda a Criação.
No Budismo, a energia masculina é um potencial latente e inativo. É a energia feminina como mostrado através de Tara, aquela que ativa esse potencial dando-lhe movimento e anexando-lhe criatividade. É Tara que devemos convidar para caminhar ao nosso lado para nos proteger e orientar no longo trajeto de nossas vidas.
É Tara que chega à nossas vidas para centrarmos. Não é fácil viver se não estivermos centrados. É duro se tornar calmo frente ao frenesi desse mundo exterior. Mas, se tivermos um tempinho para aprender a examinar-nos, ficaremos eternamente surpresos com o que descobriremos. É a maneira com que pensamos que determina o que efetivamente acharemos. Se nossos pensamentos estão prejudicados, ou estão negativos ou diminuídos, então nunca se descobrirá nada de rico ou belo.

 SENHORA DOS BARCOS
Repleta de amor por todos seres, o nome Tara é derivado da raiz "tri", "atravessar". Seu nome tibetano corresponde a "Dreulma" ou "Drölma" e possui o mesmo sentido de Tara. Ela é a Deusa que que atravessa seus adoradores em segurança por sobre o oceano da existência fenomênica. Ela conduz a alma que atravessa a corrente do samsara rumo à distante margem do nirvana.
Tara pode incessantemente salvar as criaturas em seu aspecto de "Senhora do Barco", pois o mar inteiro é o brincar cintilante e ondulante de sua shakti. Dessa torrente desordenada da vida emergem, em todas as épocas, alguns indivíduos que já estão amadurecidos para salvação, na metáfora de Buda, à semelhança das flores de lótus que se erguem do espelho das águas e abrem suas pétalas à ininterrupta luz celeste.
O barco representa um símbolo de salvação, comum a toda humanidade. A "pequena" ou "grande" embarcação são símbolos da doutrina da salvação. Tara, portanto, é a Grande Deusa Bondosa capaz de acalmar a correnteza. Ela tem a seu serviço inúmeras barqueiras que, como ela, estão nas canoas empenhadas no trabalho de salvar náufragos. Ela fala de si:
-"O meu desejo é o de salvar as criaturas do oceano mundial, repleto de horrores, por isso, entre todas as criaturas sábias, os touros prestam honras a mim, como Tara."
Em seu caráter de salvadora ela se assemelha à Madona, enquanto "stella maris", a quem os marinheiros dirigem suas preces, pedindo auxílio e proteção.



No século XVI, Kuan Yin apareceu na China como Avalokitesvara (ou Avalokita) ou Chenresigs para os tibetanos, que teve 337 encarnações na Terra, segundo o mais antigo e sagrado documento budista chamado Lotus Sutra, que está neste site traduzido.

A mesma imagem era reverenciada como Tara pelos mongóis e tibetanos — Tara são emanações de Kuan Yin na forma tibetana.

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