28 de dezembro de 2015

Luto: 5 Fases Fundamentais

Luto é uma palavra que acompanha o ser humano desde sempre, principalmente quando perdemos alguém de quem gostamos muito. É uma espécie de despedida forçada e para sempre. Mas afinal o que é o luto? Como se processa? É mesmo necessário esse doloroso processo? O luto é um processo necessário e fundamental par preencher o vazio deixado por qualquer perda significativa não apenas de alguém, mas também de algo muito importante, como um objeto, uma viagem, um emprego, uma ideia, etc. O processo de luto dá-se tanto em humanos como animais. Nos humanos o processo de luto é acompanhado por um conjunto de sentimentos, entre os quais: tristeza, raiva, culpa, ansiedade, solidão, fadiga, desamparo, choque, anseio, torpor, alívio e emancipação. Refletindo-se em sintomas físicos de vazio no estômago, aperto no peito, nó na garganta, falta de ar, falta de energia, boca seca entre outros. O luto/perda normalmente passa por 5 fases: A negação- Surge a primeira fase do luto, é no momento que nos parece impossível a perda, em que não somos capazes de acreditar. A dor da perda seria tão grande, que não pode ser possível, não poderia ser real. A raiva – A raiva surge depois da negação. Mas mesmo assim, apesar da perda já consumada negamo-nos a acreditar. Pensamento de “ porque a mim?” surgem nesta fase, como também sentimentos de inveja e raiva. Nesta fase, qualquer palavra de conforto, parece-nos falsa, custando acreditar na sua veracidade A negociação- A negociação, surge quando o individuo começa a por a hipótese da perda, e perante isso tenta negociar, a maioria das vezes com Deus, para que esta não seja verdade. As negociações com Deus, são sempre sob forma de promessas ou sacrifícios. A depressão – A depressão surge quando o individuo toma consciência que a perda é inevitável e incontornável. Não há como escapar à perda, este sente o “espaço” vazio da pessoa (ou coisa) que perdeu. Toma consciência que nunca mais irá ver aquela pessoa (ou coisa), e com o desaparecimento dele, vão com ela todos os sonhos, projetos e todas as lembranças associadas a essa pessoa ganham um novo valor. A aceitação – Última fase do luto. Esta fase é quando a pessoa aceita a perda com paz e serenidade, sem desespero nem negação. Nesta fase o espaço vazio deixado pela perda é preenchido. Esta fase depende muito da capacidade da pessoa mudar a perspetiva e preencher o vazio. As fases do luto, não possuem um tempo predefinido para acontecerem. Depende da perda e da pessoa. Porém sabe-se que a que leva mais tempo é da fase da depressão para a fase de aceitação, algumas pessoas levam décadas de vida e outras nunca conseguiram aceitar com serenidade a perda. Acontece principalmente no caso de perda de um filho. Devemos sempre valorizar o que temos, enquanto o temos. Pois não sabemos quando o vamos deixar de ter. Curiosamente muitas vezes só nos apercebemos da importância de determinada pessoa ou coisa, quando a perdemos, porque o valor dessas pessoas ou coisas dilui-se no valor das coisas que a rodeiam. Essas pessoas ou coisas são tão subtis ao valorizarem o ambiente envolvente, que o seu próprio valor divide-se entre tudo o que a rodeia, tornando-se quase impercetível. Porém quando a perdemos, não a perdemos apenas a ela, mas muito do valor das coisas que a rodeavam e é aí que notamos a sua falta. Metaforicamente falando, como se o ambiente que a envolvia “entristecesse” e “perdesse a cor”, e dificilmente voltará a ser como era. E você, passa por estas fases nos seus Lutos? http://www.psicologiafree.com/curiosidades/luto-5-fases-fundamentais/

23 de dezembro de 2015

A Razão de Existir

Toda a Humanidade Invisível, tudo que foi criado por toda a Humanidade está entrelaçado vitalmente na humanidade como um todo no nosso Planeta: Lei da Representatividade. Todo o Invisível se lastreia no VISÍVEL PARA SE RESOLVER que é a única maneira de se resolver. Dentro da questão da escala do modelo que a LEI segue aí então todo o invisível plasmado no visível na terra, todos os seres humanos, pela lei da representatividade, pela lei do modelo, eles tem que estar representados em algum lugar e onde? Qual o país que aconteceu a miscigenação de todo gênero humano: BRASIL! Então, toda a humanidade invisível, tudo que foi criado pela humanidade, tudo que de bom e de ruim foi criado pela humanidade está se alimentando da humanidade visível, por isso que no mundo hoje se faz tudo que de melhor existe e tudo que de pior existe. Sempre! Aí então, todo o invisível lastreado no visível, nos seres que estão existindo hoje no planeta, todos os seres do planeta lastreados e representados e, entrelaçados vitalmente, Karmicamente, Astralmente, Mentalmente com os seres que estão no Brasil, seres representativos, toda Raça Brasileira é representativa do gênero humano, assim como toda a raça humana hoje é representativa de todas as raças que já existiram no nosso do Planeta. Então toda a humanidade representada, entrelaçada, vitalizada no BRASIL – representatividade, então diminuiu esse grupo e o que acontece? SE A RAÇA BRASILEIRA REPRESENTA TODO O GÊNERO HUMANO E O SER HUMANO REPRESENTA TUDO O QUE JÁ EXISTIU NO NOSSO SISTEMA PLANETÁRIO, tem muita coisa para resolver, aí então no Brasil tem o que de melhor e o que de pior já existiu. No Brasil tem, o que de bom e de ruim que já existiu e tem todo o passado e todo o futuro humano coexistindo. Aqui é o laboratório onde está se produzindo, onde se está plasmando a RAÇA DO FUTURO, ela sai daqui, não tem outro jeito. Então o ERRO aqui no Brasil tem que acontecer porque em sendo sublimado aqui, em sendo resolvido aqui, em sendo ligado à sua origem, quer dizer, o Medo ligado com a Coragem, o Ódio ligado com o Amor, aqui no nosso país, eu não resolvo só a mim, ou a você, ou aos que nos assistem, eu resolvo, eu crio um modelo para o povo brasileiro, eu crio um modelo para a Raça Humana, eu crio um modelo que resolve o INVISÍVEL. Aqui é o Laboratório do Gênero Humano, então por isso que aqui é a Pátria do AVATARA, é o País das Lendas, é o Pais do Futuro. É o pedaço do Planeta que foi preparado para isso, é a parte do Planeta onde vai aflorar por primeiro a própria AGARTHA, é onde vai aflorar por primeiro SHAMBALA, é onde o em cima, o do meio e em baixo vai se misturar por primeiro e aqui se resolve tudo. Por isso que é assim, e por contra partida o povo que permite que isso aconteça, é um povo inocente, é um povo bom, é um povo tranquilo, plácido. Uma vez eu ouvi de um amigo meu de outro País que o brasileiro é o MELHOR POVO DO PLANETA, porque aqui está o resumo da evolução humana, então é natural que essas coisas antigas, essas dores humanas aflorem no Brasil. JORGE ANTONIO ORO www.mosaicosdonovociclo.com.br Programa Vida Inteligente

11 de dezembro de 2015

A ÁGUA E OS MITOS: O Ouro Azul

As primeiras civilizações do mundo se situavam nas proximidades de grandes rios ou nas costas marítimas. O elemento “aqua” sempre foi inspirador de indagações e motivo de veneração em diferentes culturas antigas. Ao mesmo tempo, podemos sentir a água como um elemento que nos constitui. Desde o útero de nossas mães, estamos envoltos em água. O Sangue corre dentro de nosso corpo como um rio. Tudo isso não escapa ao entendimento mítico do mundo, e nós, ainda hoje, não deixamos de sentir a força encantador e assustadora desse elemento. Sabemos que, desde as origens, as culturas viam o mundo e sua diversidade através de mitos. Na busca de explicações para os fenômenos naturais, que poderiam ser belos ou terríveis, as civilizações antigas orientavam-se por meio do sagrado e do mítico. A partir dessa orientação é que suas sociedades se organizavam, seus impérios eram construídos e suas ações eram pensadas. Na visão mitológica, a água – principalmente na foram dos mares – trazia consigo as sementes da vida, os segredos e os fermentos de suas múltiplas formas, além do temor. Por toda essa importância simbólica e também prática, a água é um elemento de grande força em diversas culturas. Na mitologia egípcia, Osíris é a personificação da fecundidade, a fonte total e criadora das águas. Set, ao contrário, é a aridez e a fome, a secura e a destruição. Da fusão de Osíris e Set vive o Rio Nilo. Esse importante rio é originado da união entre Osíris aquático e Isis terrena, da qual nasceu o menino-deus Hórus. Ao eliminar Set, Hórus obriga o oceano destruidor a recuar, deixando nas margens do rio o lodo, que aduba as plantações. No mito grego sobre a origem do mundo, narrado por Hesíodo, Oceano é de uma das primeiras gerações de divindades. Isso mostra como ele era considerado importante e fundamental para todas as civilizações que vieram depois, inclusive os homens, Caos, que veio antes de todos, gera Terra, que, por sua vez, gera Céu. Céu passa a ser então par de Terra. Coloca-se sobre ela e a fecunda, gerando doze Titãs, dentre os quais está Oceano. Posteriormente, Oceano fecunda Tétis, com que gera os rios do mundo – inclusive o próprio Nilo. Os rios e as fontes, ao serem considerados pelos gregos filhos de Oceano, eram também divinos e dignos de devoção e adoração. Os sacerdotes do reino dos faraós louvavam a importância da água, pois, para eles, as coisas presentes no mundo só podiam existir graças à ação da umidade. As águas provenientes do templos eram dádivas dos deuses e consideradas sagradas pelos súditos. A visão mitológica dos povos antigos começou a ser abalada pelos primeiras concepções filosóficas da cultura ocidental. Um dos locais onde essas concepções surgiram foram na Jônia, sede das Escola de Mileto. Dentre seus fundadores, destaca-se Tales de Mileto (625 – 558 a.C.), que afirmava que a água é a origem de todas as coisas, pois ela é o princípio da natureza úmida e constante, e por isso é o princípio de tudo. Texto alterado e adaptado do livro “Água: O Ouro Azul” de Fátima Casarin e Monica dos Santos.

14 de novembro de 2015

Decreto para quebra de Contrato

Por sugestão dos irmãos Pleiadianos estamos postando este Decreto de Quebra de Contrato de Alma para que todos façam a leitura com todo o seu coração por quantas vezes sentir necessidade, sendo que o ideal é que façam pelo menos três vezes (3x). As razões disto é que percebemos que hoje há muitas pessoas que estão sendo dominadas e escravizadas por outras, não conseguem se libertar e não conseguem descobrir o por que disto. Investigando estes casos com ajuda dos irmãos Pleiadianos descobrimos que na idade média, também conhecida como o período das trevas, um grande número de pessoas em razão da situação de caos e de miséria em que todos viviam acabou sendo iludida a fazer acordos e contratos com magos negros e seres satânicos (alguns deles reptilianos ou draconianos encarnados como humanos) para receber alguns poucos benefícios, sem saber em sua ingenuidade, que estavam firmando contrato de alma (muitas vezes feitos com sangue) que iriam valer por toda a eternidade e agora elas estão sendo perseguidas ao longo das ultimas gerações por estes seres dos quais não conseguem se livrar. Assim, os irmãos Pleiadianos nos orientaram para elaborarmos este Decreto de Quebra de Contrato através dos quais as pessoas podem através da manifestação e afirmação do seu livre arbítrio denunciar e renunciar a estes acordos impostos de forma desonesta por estes seres da não luz e desta forma libertar-se do domínio destas pessoas ou forças que as perseguem, dominam, controlam, manipulam e escravizam nesta vida. Muitas vezes as pessoas são perseguidas por pessoas, forças ou espíritos durante toda a vida e as forças da luz nada podem fazer para ajuda-las devido a estes acordos que elas próprias fizeram no passado. Muitas pessoas passam a vida toda sendo alvo de magias, perseguições espirituais e obsessões e não entendem por que isto só acontece com elas e quando buscam ajuda espiritual muitas vezes a única resposta que recebem é que isto é "carma". Mas agora chegou o momento da libertação em massa destas pessoas através deste instrumento. Desejamos sucesso e boa sorte a todos neste processo. "Eu, (declare seu nomeou o nome de outra pessoa, no caso dela estar impossibilitada de fazê-lo) assim denominado nesta encarnação, no pleno exercício de meu livre-arbítrio, em nome do Pai/Mãe Criador Primordial, do Espírito Santo, do Cristo Cósmico, do Arcanjo Miguel Kumara e de todos os Anjos, Arcanjos e Elohin, do Mestre Saint German e de todos os grandes mestres da luz, em nome das Hierarquias da Luz, do Comandante Asthar Sheran e de todos os Comandantes Estelares do Comando Estelar, em nome dos Pleiadianos, dos Arcturianos, dos Andromedeanos e de todas as famílias estelares da luz, em nome de todos os orixás, xamãs, elementais e de todas as forças da Luz, neste momento e por este meio REVOGO e RENUNCIO, com toda a firmeza e certeza de meus atos, a todos e a cada um dos compromissos de fidelidade, votos, acordos, pactos, alianças e contratos de associação, de sociedade e de alma, feitos nesta vida, vidas passadas e vidas simultâneas, nesta dimensão, dimensões paralelas ou qualquer outra dimensão de espaço e/ou de tempo, com qualquer pessoa, entidade, energia, força, legião ou facção que não sejam da luz e que não honram e respeitam a vontade do Deus da Luz e do Amor, o Deus Pai/Mãe Criador Primordial. Eu agora ordeno a todas as pessoas, entidades e seres da não luz, encarnados ou não (que estão ligadas com esses contratos, organizações, associações, facções ou legiões às que agora renuncio) que cessem, desistam e que abandonem meu campo de energia agora e para sempre e em forma retroativa, levando e retirando de meu ambiente, de meu corpo físico, de todos os meus corpos etéricos e campos de energia, toda e qualquer pessoa negativa, entidade negativa, entrante, obsessor ou ser da não luz, encarnado ou não, assim como todas as suas armas, todos os seus artefatos, instrumentos ou dispositivos de conexão, controle ou limitação, magias, feitiços, bloqueios, amarrações e encantamentos, egregóras, símbolos, ships, implantes, larvas, formas pensamentos, forças e energias semeadas por estas entidades e seus associados, com objetivos de controle, domínio, manipulação ou limitação sobre mim, porque não autorizo a sua presença, nem sua forma de agir sobre mim e com amor envio-lhes as luzes azul, rosa e dourada do Cristo e ordeno que saiam. REVOGO e RENUNCIO a todos os contratos, pactos, acordos, alianças, votos ou compromissos que tive desde a minha primeira encarnação na matéria, com estes seres negativos, encarnados ou não, neste ou em outros planos, mundos ou realidades, pedindo perdão e perdoando, por tudo o que tem que ser perdoado, consciente ou inconscientemente e exigindo que todos estes atos aos quais aqui renuncio sejam consumidos na chama violeta, no fogo sagrado da transmutação, confirmado e selado pelo poder do Espírito Santo.Para assegurar isto, eu agora apelo aos meus mentores de luz, ao Arcanjo Miguel, ao Comando Estelar, ao Sagrado Espírito Santo e a todas as forças e Hierarquias da luz, para que sejam testemunhas da dissolução de todos estes contratos, alianças, sociedades, associações, dispositivos e energias semeadas, que não honram e respeitam a vontade do Deus da Luz e do Amor, o Deus Pai/Mãe Criador Primordial. Peço que o Espírito Santo e todas as forças da luz, testemunhem e advoguem por mim para a minha total e completa libertação de todos estes contratos, dispositivos e energias semeadas, tanto conhecidas como desconhecidas, que infringem a lei do amor e a vontade de Deus Pai/Mãe Criador Primordial. Pelo poder que me é concedido por Deus Pai/Mãe e Espírito Santo, ancoro as potencias de luz, abro um portal de luz consagrado por Micah, protegido pelo Arcanjo Miguel Kumara porque EU SOU Vitória EU SOU Miguel. Selo este ato com asas cósmicas de vitória, expulsando todas as dúvidas e medos, libertando-me, aprisionando as forças das trevas e encaminhando-as e entregando-as ao Comando Estelar, às Hierarquias da Luz e a Deus Pai/Mãe Criador Primordial.Eu agora volto a garantir minha aliança, através da Luz e do Amor com Deus Pai/Mãe Criador Primordial e volto a dedicar meu ser por inteiro, físico, mental, emocional e espiritual, minha vida, meu trabalho, tudo o que penso, digo e faço e todas as coisas em meu ambiente à vibração do Cristo Cósmico de Amor e Luz, dedicando meu ser, a minha própria mestria ao caminho da ascensão, tanto do planeta como a minha individual e pessoal. Havendo declarado tudo isto eu agora autorizo aos meus Mentores e ao Cristo Cósmico e a meu próprio Ser Superior para que façam as mudanças em minha vida para acomodar esta nova dedicação e peço o testemunho do Espírito Santo. Eu agora declaro isto a Deus, adiante e retroativamente. Que seja escrito no Livro da Vida. Que assim seja. Graças a Deus. Está feito, esta nas mãos da Luz. E assim é. EU SOU luz, amor e paz.EU SOU alfa e ômega. Kodoish. Kodoish. Kodoish Adonai. Tsebayoth Ibiatan Upadian

13 de outubro de 2015

(Ó) TIMO!!




Sobre a possibilidade de ativação do Timo.
O Timo, em conjunto com a pineal e com a pituitária, geram, quando em perfeito equilíbrio, um estado de pureza no ser humano. Pureza ainda inconsciente na criança e pureza consciente no adulto que a este equilíbrio tenha chegado. 
Vejam que o Timo é vermelho no feto, branco (ou esbranquiçado) nos primeiros anos de vida e depois fica amarelo, indicando o caminho que deveria seguir o ser humano: do vermelho ao amarelo, ou de Tamas à Satwa.
O Timo no nascimento, pesa de 10 a 35 gramas, crescendo até praticamente dobrar de peso aos 15 anos de idade, depois decrescendo (ou atrofiando) até ficar com a metade do volume inicial, no idoso. E por que começa a decrescer após os 15 anos: porque entra em atividade a função sexual(polarizada) nos seres humanos.
O Timo produz duas substâncias enigmáticas: a timosina que propicia a maturação de linfócitos (e órgãos associados, como por exemplo, o baço) estando ligada ao sistema imunológico, produzindo anticorpos mesmo quando não está mais em seu apogeu. 
Os anticorpos são pequenas proteínas produzidas pelos linfócitos (tipo b) e circulam no organismo, cada um com uma função específica. Quando encontram um elemento externo (um antígeno) o anticorpo se encaixa no invasor(vírus, bactéria ou o que seja) e o destrói.
Mesmo sendo específicos, cada linfócito tem em sua superfície receptores que permitem alterar sua própria estrutura. E o que possibilita este comando aos linfócitos, são os neurotransmissores: e novamente aparece o Timo, pois a timosina pode agir como imunotransmissor. Desta forma, permitindo interferência da mente humana no processo e combate às doenças.
Percebem: no Timo, está a chave do embate mental àquilo o qual denominamos doenças, que são só ausências temporárias de saúde (que é só equilíbrio: Mens sana in corpore sano).
Outra substância emblemática produzida pelo Timo é a timina: substância que atua na chamada placa mioneural, local de junção dos nervos com os músculos, onde vai se dar a contração muscular. A ciência atribui à timina a causa de doenças musculares, como por exemplo a miastenia. Isto significa que, a certa altura, o cansaço muscular deve-se a (ou não)interferência do Timo. 
Estes, citados acima, são alguns aspectos fisiológicos do Timo. 
Do ponto de vista esotérico, pode-se, por conta do que foi colocado, depreender-se que o Timo é o gerador de inteligência para permitir a sobrevivência do organismo humano em sua luta permanente contra as inteligências desagregadoras (Devatas, almas das doenças cujos corpos físicos chamamos de vírus, bactérias, etc) e, no caso de desconexão com sua função primordial, começa a desativar funções (pela limitação de assimilação de Prana) agindo como bloqueador de comunicação entre sistema motor e elétrico. 
Thymus, etimologicamente está ligado a ânima, a vitalidade.
Assim, Pineal é a sede do espírito.
Pituitária é a sede da alma.
E o Timo é a sede da vida orgânica.
Mas, temos que lembrar também que uma glândula é uma densificação no físico de um conjunto de forças do corpo vital, do astral, etc, servindo de caminho para o contato e ação entre os planos. Pode-se estabelecer uma analogia: uma glândula do sistema endócrino é a raiz no corpo físico de um chakra, que abre-se no vital, atraindo nele(astral) as criaturas afins.
Portanto, qualquer que seja o exercício para ativar uma glândula, é somente um ato físico temporário, e com ação limitada e não integrada. 
Nenhuma glândula vai funcionar com impulsos de baixo para cima. 
Todas elas são reflexos de inteligências que compõem o corpo humano e, portanto, são reflexos do que acontece nos corpos sutis do homem.
O Timo não é a glândula da felicidade, o Timo é parte de um ternário que, quando em equilíbrio dá, entre outras coisas, a felicidade. 
Mas a felicidade decorrente do equilíbrio do Timo não é igual a felicidade por comprar um carro novo ou uma bolsa nova! É diferente, a felicidade original do Timo é a felicidade divino-humana, permanente.
Por exemplo, a pessoa bate no peito e diz: “pode deixar comigo que eu vou resolver”, isto estimula o Timo momentaneamente, dando uma carga adicional de vitalidade orgânica que, se não for permeada de consciência serão somente palavras ao vento, ou atos impensados, sem resultado efetivo.
Já o equilíbrio consciente, a ativação consciente do Timo, derivada do uso da Vontade, Amor-Sabedoria, Atividade (para que o Amor-Sabedoria dirija a Vontade, e juntos dirijam a Atividade), faz com que esta glândula adquira seu estado de recém nascida, plena, consciente, dando ao ser humano qualidade de vida e tudo o mais que dela deseje. 
Aí é que reside a chave da transformação de vida energia em vida consciência.
Isto é a alquimia, pois o mercúrio (o Cardíaco, Timo) é que transforma o chumbo(Básico) em ouro(Coronal). 
Depois disto, o Ouro desce, o Chumbo sobe, fundem-se em Mercúrio, e geram o Ouro filosofal, a Summa Matéria, o Lápis Philosoforum, a panacéia universal, a Oitava Coisa, que a tudo e a todos(visível e invisível) equilibra (quer dizer, cura).
Além disto, o mercúrio inconsciente, ingênuo, também tem que transformar-se em mercúrio consciente. E vejam que mercúrio é aquele que tem asas nos pés, e asa vem de (do Latin) Ala, Alae, donde deriva alácrita, alacritátis, a alegria.
O mercúrio ingênuo é a alegria humana(efêmera), o mercúrio consciente (in gênio) é o amor universal, o amor fraterno(eterno).
Bater no Timo e esperar que a consciência ou pureza resulte disto seria o equivalente a esperar adquirir a consciência Solar ao ir à praia. 
Nada é tão simples, e nada vem sem o humano trabalho decorrente da contínua aplicação da Vontade-Amor-Sabedoria e Atividade. 
Não existe atalho para o verdadeiro caminho, não há fórmula mágica para a iluminação, não há elixir para a longevidade, não há elementos da natureza que estejam à disposição (como serviçais) para realizarem os desejos humanos(e se assim sofrem usados, ao contrário, transforma os seres humanos em serviçais), o único samadhi que os prazeres proporcionam é o caótico.
Então, o real exercício para o Timo é aquisição de sabedoria, de consciência, é a prática da felicidade e alegria conscientes, é evoluir, é praticar o amor fraterno, a tudo e a todos, visíveis e invisíveis, assumindo o ser humano a sua real condição de Cidadão do Universo!
Do ilusório conduz-me ao real, das trevas à luz, da morte à imortalidade: e isto só se faz com muito trabalho, estudo, paciência, ética e persistência.
Fraterno abraço, e que possamos experienciar a paz humana, até que todos sejamos, um dia, uma única Coisa: a própria PAX, divina em Sí.
Cito Henrique José de Sousa, O Professor: “ A realidade é o mistério!”
Espero ter contribuído.
Jorge Antonio Oro

Revisado em Outubro 2015
https://www.facebook.com/notes/jorge-antonio-oro/%C3%B3-timo/1506180299698818

28 de setembro de 2015

Rios da Vida
Por: Jorge Antonio Oro - 28/09/2015




Nestes tempos em que o mais profundo denso astral da alma de cada um emerge agressivo em palavras no facebook, é procedente (re)compartilhar idéias, na esperança que sirvam de espelho, ao menos temporário, pois a melhor forma de ver quem somos é no momento em que o que somos(o que em nós existe) acontece à luz do dia! Fraterno abraço, fiquem bem, fiquem em paz.

Existe uma similaridade muito grande entre o que hoje chamamos de internet e o mundo astral(de todos e de cada um).
A quantidade e variedades de assuntos é de tal forma grande e entrelaçada, o frenesi dos sumidouros e redemoinhos é de tal forma intenso, o atrito entre os troncos é de tal forma frequente, que andar na internet(ou no astral), pode ser comparado com atravessar a nado um “rio de enchente”.
Águas (tamásicas, vermelhas) revoltas, turvas, conturbadas, com muitos troncos boiando, além de todo tipo de coisas produzidas pelos seres humanos:
a) Alguns troncos nos servem de apoio temporário, mas somente o tempo necessário para checarmos a direção, e respirarmos;
b) Alguns incomodam;
c) Alguns machucam;
d) Não existe tronco definitivo, pois o destino de todo tronco é o mar: você está preparado?
e) Se você quiser agarrar todos, não vai conseguir agarrar em nenhum;
f) Cada tronco tem forma diferente, por isto executa movimentos diferentes e interage de forma diferente com o rio (astral) e com você. Então, sabendo disto, não reclame do que faz o tronco no qual você esteja apoiado no momento. Ele é o que é!
g) Se passar um tronco esculpido em forma de imagem, não se iluda e não o siga: não é divindade! Foi feito por humanos e para humanos, não foi feito para te ajudar. E o máximo que conseguirá fazer é tirar você do seu caminho;
h) Se você se agarrar em um tronco e ele te levar para a direção errada, não o culpe: Ele segue a corrente, e a decisão de se usá-lo como apoio, foi sua;
i) Se você parar de nadar(andar) e se detiver a observar o quão convulsionado está o rio e o quão turvas estão as águas, o medo será uma decorrência imediata, e você não sairá do lugar;
j) Não adianta ficar reclamando da chuva que caiu, você tem que nadar. A chuva que alaga um lugar é a mesma chuva que irriga outro. É o ciclo; é a vida. Quem vê a chuva de diversas formas, é quem a analisa, ela é só o que é;
k) Não culpe o rio se onde você está é muito revolto: foi você que escolheu atravessar neste ponto. Foi você que decidiu pular nele! Todas as decisões são suas;
l) Não reclame, para os troncos, o rio é uma forma de cada um chegar ao seu destino, inclusive eles, os troncos;
m) Obrigatoriamente vc tem que manter um norte, saber de qual margem veio e para qual margem vai. Se você nadar sem direção, vai perecer, e a culpa não é do rio, pois é você que decide;
n) Não adianta reclamar do rio, pois ele está no caminho de todos, e temos que atravessá-lo. A diferença está em você: se o atravessará com ódio ou em paz!
o) Antes de se lançar, verifique na margem se há um indicativo de alguém que já o tenha atravessado naquele ponto. Um Mestre pode ter deixado os sinais(pegadas), o que poderá auxiliar você a não perder muito tempo (e nem a vida);
p) Se tiver dúvida, lembre que quem te disse para andar, também te deu os instrumentos para atravessar o rio (braços, pernas e mente): Use-os!
q) Não fique no rio mais do que o estritamente necessário. Lembre que se você não tiver foco, ele te levará não para onde você quer, mas para onde ele quiser. A Vontade é a chave para sair;
r) Às vezes, respeitar o fluxo do rio e dos troncos é a melhor estratégia para atravessar. Mas lembre-se que respeitar implica em compreender e aceitar a natureza de cada um;
s) O teu ponto de saída nunca será na margem oposta exata de onde entrou. Há um preço para entrar no rio, e isto fará com que, ao sair (caso você consiga), você esteja completamente diferente de quando entrou. Isto se chama experiência de vida;
t) Se a travessia na água vermelha estiver difícil, é só levantar os olhos e ver o céu azul e o SOL, eles te darão força e direção;
u) Não reclame dos troncos, lembre que eles já foram árvores;
v) Não reclame da divindade: Ela não é barqueiro, e tanto a enchente quanto os troncos e entulhos, são resultados da ação humana, não da divina;
w) Quando conseguir atravessar, lembre-se que aquele pode ser um caminho de todos. Então, não saia correndo. Olhe para trás, e acene para os que vão começar a travessia, indicando-lhes um bom caminho, o qual eles podem seguir ou não. Se ninguém tiver olhos para te ver, deixe algumas marcas no chão. Cedo ou tarde poderão ser úteis para alguém;
x) Como ao final de toda travessia, vc sairá molhado (de Tamas), mas não se preocupe, pois o SOL (Amarelo) fará a água evaporar. O importante é que aquela água não molhe sua alma;
y) E como foi a experiência?? Não precisa dizer! Não foi o primeiro rio, e nem será o último, até que você aprenda a abrir as águas! Enquanto isto, não retenha ódio ou revolta, que só fazem é você ter medo de se afogar em si mesmo(o que gera mais ódio e revolta, em um perpétuo ciclo vicioso);
z) Se você lembrar que a chave foi respiração adequada e cabeça fora d´água, já está bom!
E concluindo: se os troncos machucarem você, não se preocupe, os machucados cicatrizam, e servem como âncoras de memórias.
Além disto, lembre-se também que não foram os troncos que bateram em você: foi você que se colocou no caminho deles(pois você sabe que a energia que alimenta e que move o tronco, é a do rio).
Se, ao sair do rio, você só se ocupar em reclamar, vai acabar se distraindo e tropeçando em outros troncos, em terra firme.
Na maioria das vezes, os rios estão dentro de cada um de nós.
A paciência é temporária e deve-se praticá-la para com todos, especialmente para os filhos invisíveis de(e em) cada um de nós.
A calma é permanente, ela é a exteriorização da ação da Vontade, permeada de Amor-Sabedoria, gerando a Atividade adequada para com tudo e todos.
Mas e quanto aos troncos? Os troncos, eles não sabem o que fazem. Perdoai-os!
Por último, não esqueça: Para os outros, o tronco é você!
Fiquem bem, fiquem em paz e vamos em frente!
Jorge Antonio Oro
Ps.:
Após atravessar, não xingue o rio por ter sido difícil. Faça uma saudação ao Sol por você ter conseguido;
Lembre que o rio derrubou a árvore, transformando-a em um tronco, apoderando-se de sua liberdade, e tomando o controle de sua direção: isto é o que caracteriza a prisão da árvore no rio: mesmo que ela tenha uma aparente liberdade, só vai para onde lhe é permitido. A pior das escravidões é a da alma, não a do corpo!
Lembre que a árvore perdeu sua base(terra), por não ter resistido ao avanço do rio. A base(lógica) precisa resistir aos avanços das emoções densas, e comandá-las;
lembre-se que a árvore, no derradeiro momento da queda nos "braços da correnteza", tendo por recompensa todo o movimento e rapidez do mundo, por um instante desejou pesarosa, aquela imobilidade consciente e salvadora: As vezes, devemos cuidar com o que desejamos, e isto vale até mesmo vale até para as árvores;
No caso da árvore, no final do fascínio da vivência do tão desejado movimento, está a cessação da vida. Este é um custo alto, para a satisfação de um desejo de algo que ela não compreendia. Da mesma forma, ao final de um intenso desejo, ao final de uma intensa manifestação, nada mais existe, a não ser mais desjo e o hábito de exteriorizar o ódio;
Não existe chuva perpétua, nem inundação total, nem correnteza imbatível, nem obstáculo intransponível: Sempre há um antes, um durante, e um depois. As vezes, o que fazemos durante o trajeto (tentando agarrar ou expulsar os troncos para longe) vai ter um preço mais alto, e vai ficar mais dolorido do que se tivéssemos deixado que os troncos batessem;
Não adianta reclamar que os troncos não compreendem: cada um é de um tipo e madeira, cada um tem seu tempo, e cada um vai parar no lugar onde seja seu, onde seja seu destino, e onde seja necessário;
Lembre que mesmo o tronco mais pontiagudo, um dia vai aportar em uma margem, e será como uma dádiva para aquele que dele precisa para construir uma casa para abrigar a si ou a sua família, ou mesmo para aqueles que deseja usa-lo como um local para plantar flores. A beleza e a utilidade da coisa não está em si mesma, mas em quem a observa;
Ao terminar de transpor o rio, aproveite: muitos dos que tentaram não conseguiram, e afogaram-se nas águas, sendo perpétuos prisioneiros do rio de mágoas, sem se dar contas, e a tudo e a todos molhando, por onde passam.
O rio não queria sua vida, queria sua vitalidade e sua ação, pois ele não pode decidir em que ponto o tronco vai parar. Mas se você, em sua passagem, empurrou levemente algum tronco, você contribuiu para que a margem do rio, naquele ponto, fosse reescrita. Fazer sua parte não significa acompanhar o tronco para ver onde ele vai parar. Significa somente dar uma ajuda momentânea, para que ele siga, ou para que vc siga, não se sabe!
lembre-se que, se o rio estiver convulsionadíssimo, com milhares e milhares de obstáculos, daí é que estará bom, pois isto lhe permitirá cruzá-lo sem colocar os pés na água: e neste caso, você deverá agradecer, pois há alguém (um tronco) que está sendo o tijolo de cada passo do seu caminho;
Lembre, a água em si é limpa. O que a deixa turva é o excesso de movimento, revolvendo o que de mais denso existe no rio (astral). nada entra em sua alma, sem que vc tivesse permitido, consentido e se aí permanece é pq vc a alimenta, e não é culpa de nada nem de ninguém. Odiar alguem é única e exclusiva opção de quem odeia, não de quem deseja se fazer odiar
Se você pensa que não está preparado, ou se vê o rio como muito revolto: não o maldiga. Sente-se e espere. O rio amanhã vai estar ainda ali, só vai ter mudado a sua velocidade e ferocidade, e fico em paz, o suficiente para ser o caminho que você precisa. Mas, se você perdeu seu tempo maldizendo-o, ou maldizendo os troncos, mesmo quando o rio já estiver pacífico o suficiente para você passar, dentro de você ainda o rio estará em fúria, e contra isto, não há remédio (externo);
Não culpe a quem indicou o caminho para você, primeiro porque você é que foi pedir a informação de direção, e segundo porque, se você está diante deste rio, é porque naquele rio, mesmo sem você te-lo conhecido antes, já havia algo que o ligava a você. Então, aproveite e resolva: o caminho vai ficar mais leve;
Durante a travessia, ocupe-se de poupar energias, aprender o fluxo do rio, respeitar os troncos. Não perca tempo anotando a placa dos troncos ou suas feições particulares, para procurar por eles nas esquinas da vida, ou pior, para levá-los dentro do seu próprio coração, na espera de um dia poder revê-los e queimá-los;
Não pense que você é melhor que os troncos, pois naquele momento, aquilo que você acha ser inferior a você, é exatamente onde reside a sua possibilidade de ter um apoio para atravessar com vida. Você pode pensar: troncos sem vida, sem alma! Mas, estes troncos sem vida e sem alma são a certeza da manutenção da sua vida;
Não tente ensinar ódio a um tronco, odiando por ele ser o que é: as vezes, a pureza é uma expressão de amor, e a racionalização é só um cárcere. Naquele tronco que você julga, pode estar a semente de uma flor: e em você, há alguma semente de flor(da fraternidade)?
Nenhum tronco pediu para estar na correnteza, pois ele com certeza preza a vida tanto quanto você. Assim, respeito, pois no momento do caos, todos são só seres (de várias naturezas) perdidos no rio revolto;
Lembre: O rio não afoga ninguém só por olhar. É preciso lançar-se nele e o principal, é preciso decidir respirar aquilo que o forma. Não é o rio que afoga, é a água. Manter-se no mundo intermediário entre o céu e o lodo, tendo a superfície por solo, neste caso, é a chave da manutenção da vida;
O medo do rio não existe: existe o medo daquilo que eu vejo, uma água escura, revolta, e troncos em movimento. A associação disto que você vê, aos pequenos medos que em você já exista, é que formarão um medo maior, chamado medo do rio. E este medo, como todos os outros, vai precisar ligar-se a algo para ser alimentado: como estando no rio, fica difícil odiar a água, a tendência é que você odeie os troncos que por você passam. Veja que, neste caso, você está odiando no outro, os seus próprios medos;
O rio existi, existe e existirá. Os troncos e outros seres existiam, existem e existirão (mesmo que com funções diferentes), e a única coisa que era, é e será finita, é a correnteza da inundação, por ser ela, um movimento descontrolado. O movimento inerente ao rio, é o que oxigena a água, lhe dá beleza e mantém a vida. O excesso de movimento que, como disse, revolver o que no fundo existe, o lodo, e isto é que dá uma tonalidade diferente a tudo, transformando de bel em ameaçador;
Será que nós não somos como o rio: quando uma influência externa foge ao controle, altera-se a velocidade, sobrevêm a turbulência, e revolve-se em nossa alma e exterioriza-se, aquela parte mais profunda, a qual juramos não existir em nós mesmos?
E se isto acontece, então, afinal, a própria turbulência é positiva, pois se assim não fosse, jamais nos confrontaríamos com a parte densa de nosso leito??? E neste caso, quem é que transforma frondosas árvores que vivem no meu entorno, em troncos sem direção, que magoam? Não seria eu mesmo?
Será que sabemos dosar o furor de nossas correntezas, respeitando e preservando as árvores que em nosso entorno vivem? Mas então, se estamos pensando sobre este ponto de vista, finalmente vemos que não somos os troncos, somos o rio. Mas uma vez que o tronco está dentro no rio, não estará o rio também dentro do tronco? E não será a quenda do tronco também responsável por tornar ainda mais aguda a correnteza, que por sua vez, atrairá outros troncos, em um circulo vicioso?
A cada passo que dermos em direção desta análise, veremos que tudo o que está em todos é igual, e todos estão em tudo de igual forma. Principalmente, se lembrarmos que a árvore que ao lado do rio vive, dele depende integralmente, da mesma forma que os sere que no ri vivem, dela dependem integralmente.
Lembrem-se de algo muito importante: O ódio intenso não se extingue com a extinção do objeto(ou pessoa) odiado! Este é o grande perigo real, pois como tudo o que é intenso, transforma-se em hábito, e o hábito só muda o objeto de sua justificativa. Esta é a escrita do inexorável futuro de cada um.
Então, afinal, qual a razão de pensarmos que existem pessoas, troncos e rios?
De qualquer forma, nem o rio, nem os troncos, nem as árvores guardam mágoas, e sua memória do ocorrido cessa quando o mesmo termina, de imediato. Já as pessoas, tendem a deixarem vivos dentro de si mesmas, todas as correntezas, todas as inundações, todos os rios, e, principalmente, todas as feridas decorrentes dos contatos com os troncos que encontraram em suas vidas.
Chega um ponto em que o turbilhão já nem mais está na natureza, e sim no coração de quem vê e vive, em permanente tempestade.
Paz para todos, e que todos e cada um possam ser o que são, nem mais nem menos.
Viver é uma dádiva, derivada de um direito que, com certeza, cada um de nós fez por merecer! Só nos resta usar bem este direito adquirido, pois teremos que prestar contas a alguém muito rigoroso: nós mesmos!
Fraterno abraço e fiquem em paz.
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12 de maio de 2015

CORPO ESPIRITUAL

Esta imagem representa o aura
RETRATO DO CORPO MENTAL — Para definirmos de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental (3) que lhe preside a formação.
Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura eletromagnética, algo modificado no que tange aos fenômenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja.
Todas as alterações que apresenta, depois do estágio berço-túmulo, verificam-se na base da conduta espiritual da criatura que se despede do arcabouço terrestre para continuar a jornada evolutiva nos domínios da experiência.
Claro está, portanto, que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante, (3) O corpo mental, assinalado experimentalmente por diversos estudiosos, é o envoltório sutil da mente, e que, por agora, não podemos definir com mais amplitude de conceituação, além daquela em que tem sido apresentado pelos pesquisadores encarnados, e isto por falta de terminologia adequada no dicionário terrestre. — (Nota do Autor espiritual). além do sepulcro, formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta.
CENTROS VITAIS — Estudado no plano em que nos encontramos, na posição de criaturas desencarnadas, o corpo espiritual ou psicossoma é, assim, o veículo físico, relativamente definido pela ciência humana, com os centros vitais que essa mesma ciência, por enquanto, não pode perquirir e reconhecer.
Nele possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da Inteligência, nos círculos de ação em que nos demoramos, recursos esses adquiridos vagarosamente pelo ser, em milênios e milênios de esforço e recapitulação, nos múltiplos setores da evolução anímica.
É assim que, regendo a atividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia terrena, nele identificamos o centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que lhe corresponde no abrigo planetário. O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito, assim como as peças secundinas de uma usina respondem ao comando da peça-motor de que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las.
Desses centros secundários, entrelaçados no psicossoma e, conseqüentemente, no corpo físico, por redes plexiformes, destacamos o centro cerebral contíguo ao coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras; o centro laríngeo, controlando notadamente a respiração e a fonação; o centro cardíaco, dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base; o centro esplênico, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sangüíneo; o centro gástrico, responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização, e o centro genésico, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.
CENTRO CORONÁRIO — Temos particularmente no centro coronário o ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas.
Dele parte, desse modo, a corrente de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com ação difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, idéias e ações, tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa influência e conduta.
A mente elabora as criações que lhe fluem da vontade, apropriando-se dos elementos que a circundam, e o centro coronário incumbe-se automaticamente de fixar a natureza da responsabilidade que lhes diga respeito, marcando no próprio ser as conseqüências felizes ou infelizes de sua movimentação consciencial no campo do destino.
ESTRUTURA MENTAL DAS CÉLULAS — É importante considerar, todavia, que nós, os desencarnados, na esfera que nos é própria, estudamos, presentemente, a estrutura mental das células, de modo a iniciarmo-nos em aprendizado superior, com mais amplitude de conhecimento, acerca dos fluídos que nos integram o clima de manifestação, todos eles de origem mental e todos entretecidos na essência da matéria primária, ou Hausto Corpuscular de Deus, de que se compõe a base do Universo Infinito.
CENTROS VITAIS E CÉLULAS — São os centros vitais fulcros energéticos que, sob a direção automática da alma, imprimem às células a especialização extrema, pela qual o homem possui no corpo denso, e detemos todos no corpo espiritual em recursos equivalentes, as células que produzem fosfato e carbonato de cálcio para a construção dos ossos, as que se distendem para a recobertura do intestino, as que desempenham complexas funções químicas no fígado, as que se transformam em filtros do sangue na intimidade dos rins e outras tantas que se ocupam do fabrico de substâncias indispensáveis à conservação e defesa da vida nas glândulas, nos tecidos e nos órgãos que nos constituem o cosmo vivo de manifestação.
Essas células que obedecem às ordens do espírito, diferenciando-se e adaptando-se às condições por ele criadas, procedem do elemento primitivo, comum, de que todos provimos em laboriosa marcha no decurso dos milênios, desde o seio tépido do oceano, quando as formações protoplásmicas nos lastrearam as manifestações primeiras.
Tanto quanto a célula individual, a personalizar-se na ameba, ser unicelular que reclama ambiente próprio e nutrição adequada para crescer e reproduzir-se, garantindo a sobrevivência da espécie no oceano em que respira, os bilhões de células que nos servem ao veículo de expressão, agora domesticadas, na sua quase totalidade em funções exclusivas, necessitam de substâncias especiais, água, oxigênio e canais de exoneração excretória para se multiplicarem no trabalho específico que nosso espírito lhes traça, encontrando, porém, esse clima, que lhes é indispensável, na estrutura aquosa de nossa constituição fisiopsicossomática, a expressar-se nos líquidos extracelulares, formados pelo líquido intersticial e pelo plasma sangüíneo.
EXTERIORIZAÇÃO DOS CENTROS VITAIS — Observando o corpo espiritual ou psicossoma, desse modo em nossa rápida síntese, como veículo eletromagnético, qual o próprio corpo físico vulgar, reconheceremos facilmente que, como acontece na exteriorização da sensibilidade dos encarnados, operada pelos magnetizadores comuns, os centros vitais a que nos referimos são também exteriorizáveis, quando a criatura se encontre no campo da encarnação, fenômeno esse a que atendem habitualmente os médicos e enfermeiros desencarnados, durante o sono vulgar, no auxílio a doentes físicos de todas as latitudes da Terra, plasmando renovações e transformações no comportamento celular, mediante intervenções no corpo espiritual, segundo a lei do merecimento, recursos esses que se popularizarão na medicina terrestre do grande futuro.
CORPO ESPIRITUAL DEPOIS DA MORTE — Em suma, o psicossoma é ainda corpo de duração variável, segundo o equilíbrio emotivo e o avanço cultural daqueles que o governam, além do carro fisiológico, apresentando algumas transformações fundamentais, depois da morte carnal, principalmente no centro gástrico, pela diferenciação dos alimentos de que se provê, e no centro genésico, quando há sublimação do amor, na comunhão das almas que se reúnem no matrimônio divino das próprias forças, gerando novas fórmulas de aperfeiçoamento e progresso para o reino do espírito.
Esse corpo que evolve e se aprimora nas experiências de ação e reação, no plano terrestre e nas regiões espirituais que lhe são fronteiriças, é suscetível de sofrer alterações múltiplas, com alicerces na adinamia proveniente da nossa queda mental no remorso, ou na hiperdinamia imposta pelos delírios da imaginação, a se responsabilizarem por disfunções inúmeras da alma, nascidas do estado de hipo e hipertensão no movimento circulatório das forças que lhe mantém o organismo sutil, e pode também desgastar-se, na esfera imediata à esfera física, para nela se refazer, através do renascimento, segundo o molde mental preexistente, ou ainda restringir-se a fim de se reconstituir de novo, no vaso uterino, para a recapitulação dos ensinamentos e experiências de que se mostre necessitado, de acordo com as falhas da consciência perante a Lei.
Outros aspectos do psicossoma examinaremos quando as circunstâncias nos induzam a apreciar-lhe o comportamento nas regiões espirituais vizinhas da Terra, dentro das sociedades afins, em que as almas se reúnem conforme os ideais e as tarefas nobres que abraçam, ou segundo as culpas dilacerantes ou tendências inferiores em que se sintonizam, geralmente preparando novos eventos, alusivos às necessidades e problemas que lhes são peculiares nos domínios da reencarnação imprescindível.

Pedro Leopoldo, 19/1/58

http://www.institutoandreluiz.org/al_corpo_espiritual.html

23 de fevereiro de 2015

Doutrina Secreta - HELENA BLAVATSKY



HELENA BLAVATSKY
É natural e correto que qualquer pessoa pensante confrontada com asserções como estas apresentadas anteriormente deva perguntar que provas serão trazidas para fundamentar as proposições apresentadas. Uma pessoa razoável não solicitará provas plenas e completas acessíveis a todos sem estudo e sem esforço.
Ela admitirá que as teorias avançadas da ciência não podem ser demonstradas a alguém ignorante de seus princípios elementares, e ela estará preparada para ver que terá sido dito muito que só pode ser provado àqueles que fizeram algum progresso em seu estudo. Um ensaio sobre matemática superior, sobre a correlação de forças, sobre a teoria atômica, sobre a constituição molecular dos compostos químicos, conterá muitas apresentações de provas que só serão acessíveis àqueles que devotaram tempo e pensamento ao estudo dos elementos da ciência em questão.

Do mesmo modo uma pessoa despreconceituosa, confrontada com a visão Teosófica da constituição do homem, prontamente admitirá que não pode esperar uma demonstração completa antes que tenha dominado as bases da ciência Teosófica.
Não obstante há provas genéricas acessíveis em todas as ciências que são suficientes para justificar sua existência e encorajar o estudo de suas verdades mais recônditas; e na Teosofia é possível indicar caminhos de provas que podem ser seguidos pelo pesquisador destreinado, e que lhe justificam a devoção de tempo e esforço a um estudo que dá a promessa de um conhecimento mais amplo e profundo de si mesmo e da natureza externa do que de outra forma seria atingível.
È bom dizer de saída que não há prova alguma disponível ao pesquisador comum sobre a existência dos três planos superiores de que falamos. Os domínios do Espírito e da mente superior estão fechados a todos exceto àqueles que desenvolveram as faculdades necessárias à sua investigação.

Aqueles que desenvolveram estas faculdades não precisam de nenhuma prova da existência destes domínios; para os que não o fizeram, não pode ser dada nenhuma prova de sua existência. Que há algo acima do plano astral e dos níveis inferiores do mental pode de fato ser provado pelos fulgores do gênio, pelas elevadas intuições, que de tempos em tempos iluminam a escuridão de nosso mundo inferior.
Mas o que é este algo, só o podem dizer aqueles cujos olhos internos se abriram, que vêem onde a raça como um todo ainda é cega. Mas os planos inferiores são mais suscetíveis de serem provados, e novas provas se acumulam dia após dia. Os Mestres de Sabedoria estão usando os investigadores e pensadores do mundo ocidental para que façam "descobertas" que tendam a respaldar as colocações da posição Teosófica, e as linhas que eles estão seguindo são exatamente aquelas que são necessárias para descobrir-se as leis naturais que justificarão a asserções dos Teosofistas a respeito dos “poderes” e “fenômenos” elementares, aos quais tem sido dada uma importância exagerada.

Se for aceito que há fatos inegáveis que comprovam a existência de planos outros que não o físico nos quais pode atuar a consciência; que comprovam a existência de sentidos e poderes de percepção outros que não aqueles com que estamos acostumados na vida diária; que comprovam a existência de poderes de comunicação entre inteligências sem o uso de aparatos mecânicos, seguramente, sob estas circunstâncias, o Teosofista pode alegar que constituiu um caso prima facie para futuras investigações de suas doutrinas.
Confinemo-nos, então, aos planos inferiores de que falamos antes, e os quatro princípios inferiores no homem que estão relacionados a estes planos. Destes quatro, podemos deixar um de lado, o do Prâna, já que ninguém contestará o fato da existência de uma energia a que chamamos “vida”; a necessidade de isolá-lo com fins de estudo pode ser contestada, e em verdade o plano do Prâna, ou o princípio do Prâna, perpassa todos os outros planos, todos os outros princípios, interpenetrando a todos e unindo-os em um só.
Restam para nosso estudo o plano físico, o plano astral, os níveis inferiores do plano Manásico. Poderemos substituí-los por provas que sejam aceitas por aqueles que ainda não são Teosofistas?

Primeiro, sobre o plano físico. Temos aqui que perceber como os sentidos do homem estão relacionados com o universo físico externo a si, e como seu conhecimento deste universo é limitado pelo poder de seus órgãos de sentidos em vibrar em resposta às vibrações impostas de fora. Podemos ouvir quando o ar é posto em uma vibração em que o tímpano de nosso ouvido também o possa ser; se a vibração for tão lenta de modo que o tímpano não possa vibrar em resposta, a pessoa não ouvirá som algum.
Se a vibração for tão rápida de modo que o tímpano não possa vibrar em resposta, a pessoa não ouve nenhum som. Tão verdade é isso que o limite de audição em pessoas diferentes varia no poder de vibração dos tímpanos de seus respectivos ouvidos; uma pessoa fica mergulhada no silêncio, enquanto que outra é ensurdecida pelo agudo trinado que está pondo em tumulto o ar em torno de ambas.

O mesmo princípio funciona para a visão; vemos até onde as ondas de luz sejam de comprimento a que possam responder nossos órgãos de visão; abaixo e além deste comprimento estamos nas trevas, por mais que o éter possa vibrar. A formiga pode ver onde somos cegos, porque seu olho pode receber e responder a vibrações etéricas mais rápidas do que podemos perceber.
Tudo isso sugere a qualquer pessoa pensante a idéia de que se nossos sentidos pudessem ser desenvolvidos para uma responsividade maior, novas avenidas de conhecimento seriam abertas mesmo no plano físico; compreendido isto, não será difícil dar um passo além, e conceber que sentidos mais agudos e sutis poderiam existir que desvendariam, por assim dizer, um novo universo em um plano outro que não o físico.
Assim, esta concepção é verdadeira, e com a evolução dos sentidos astrais o plano astral se descortina, e pode ser estudado tão realmente, tão cientificamente, quanto o pode ser o universo físico. Estes sentidos astrais existem em todos os homens, mas estão latentes na maioria, e geralmente precisam ser artificialmente forçados, se forem ser usados em nosso presente estágio de evolução. Em algumas poucas pessoas eles estão presentes de modo normal e se tornam ativos sem nenhum impulso artificial.
Em muitíssimas pessoas eles podem ser artificialmente despertos e desenvolvidos. A condição, em todos os casos, da atividade dos sentidos astrais é a passividade do físico, e quanto mais completa a passividade no plano físico, maior a possibilidade de atividade no astral.

É digno de nota que os psicólogos ocidentais tenham considerado necessário investigar o que é chamado de “consciência do sonho”, a fim de entender a atuação da consciência como um todo. É impossível ignorar os estranhos fenômenos que caracterizam a operação da consciência quando é tirada das limitações do plano físico, e alguns dos mais capazes e avançados de nossos psicólogos não pensam que estas operações sejam de forma alguma indignas da investigação mais cuidadosa e científica.

Todas estas operações estão, na linguagem Teosófica, no plano astral, e o estudante que buscar provas de que exista um plano astral pode encontrar aqui mais que o bastante. Ele descobrirá rápido que as leis sob que funciona a consciência no plano físico não existem no astral, isto é, as leis do espaço e do tempo, que são aqui as próprias condições do pensamento, não existem para a consciência quando sua atividade é transferida para o mundo astral.

Mozart ouve toda uma sinfonia como uma impressão única, “como em um belo e poderoso sonho” (Du Prel, Filosophy of Mysticism, vol. I, p. 106), mas tem que desdobrá-la em sucessivos detalhes quando a traz de volta ao plano físico. O sonho do momento contém uma massa de eventos que tomaria anos para passar em sucessão em nosso mundo de espaço e tempo. O homem à beira da morte vê sua história de vida em poucos segundos. Mas não é preciso multiplicar exemplos.
O plano astral pode ser alcançado no sono ou em transe, natural ou induzido, isto é, em qualquer caso em que o corpo seja reduzido a uma condição de letargia. É em transe que ele pode melhor ser estudado, e aqui nosso pesquisador logo encontrará provas de que a consciência pode atuar à parte do organismo físico, desimpedida das leis que a bloqueiam enquanto opera no plano físico.

A clarividência e a clariaudiência estão entre os fenômenos mais interessantes que esperam investigação. Não é necessário dar aqui um grande número de casos de clarividência, pois suponho que o pesquisador tencione estudar por si mesmo. Mas posso mencionar o caso de Jane Rider, observado pelo Dr. Belden, seu médico atendente: uma garota que podia ler e escrever com os seus olhos cuidadosamente cobertos com vendas de tecido de algodão, cuja visão vinha a partir do meio de seu queixo. (Ísis sem Véu, vol. I, p. 37)
Ou o caso do clarividente observado por Schelling que anunciou a morte de um parente à distância de 150 léguas, e disse que a carta contendo a notícia da morte estava a caminho (ibid., vol. II, pp. 89-92); ou Madame Lagrandé, que diagnosticou o estado interno de sua mãe, dando uma descrição que provaria estar correta pelo exame post-mortem (Dr. Haddock, Somnambulism and Psychism, pp. 54-56); ou a sonâmbula do Dr. Haddock, Emma, que constantemente diagnosticava doenças para ele (ibid., cap. VII).
Falando de modo geral, o clarividente pode ver e descrever eventos que estão tendo lugar à distância, ou sob circunstâncias que tornam a visão física impossível. Como isto é feito? Os fatos estão além da controvérsia. Eles requerem explicação. Dizemos que a consciência pode operar através de sentidos outros que não o físico, sentidos desimpedidos das limitações de espaço que existem para nossos sentidos corpóreos e que não podem ser transcendidas por estes.
Aqueles que negam a possibilidade de tais operações no que chamamos de plano astral deveriam pelo menos tentar apresentar uma hipótese mais razoável do que a nossa. Fatos são coisas inatacáveis, e temos aqui uma massa de fatos provando a existência de atividade consciente em um plano supra-físico, como a visão sem olhos, audição sem ouvidos, obtenção de conhecimento sem o aparato físico. Na falta de qualquer outra explicação, a hipótese Teosófica mantém sua predominância.
Há uma outra classe de fatos: a de aparições etéricas ou astrais, seja de pessoas vivas ou mortas, espectros, aparições, duplos, fantasmas, etc, etc. É claro que a pessoa onisciente do final do século XIX suspiraria com desdém superior diante da menção de tais superstições tolas. Mas suspiros não anulam os fatos, e é uma questão de evidência.
O peso da evidência está enormemente do lado de tais aparições, e em todas as eras do mundo o testemunho humano tem autenticado sua realidade. O pesquisador que requerer as provas de que falei pode bem colocar-se a trabalhar para reunir evidência de primeira mão sobre este assunto. É claro que se ele tiver medo de ser ridicularizado seria melhor deixar o assunto em paz, mas se for robusto o bastante para enfrentar o ridículo da pessoa “superior” ele se assombrará com a evidência que reunir de pessoas que entraram elas mesmas em contato pessoal com formas astrais.
“Ilusões! Alucinações!” dirá a pessoa “superior”. Mas interjeições não comprovam nada. As ilusões de que a vasta maioria da humanidade dá testemunho são pelo menos dignas de estudo, se ao testemunho humano for dado algum crédito. Deve haver algo que dá margem a esta unanimidade de testemunho em todas as épocas do mundo, testemunho que é encontrado hoje entre pessoas civilizadas, no meio de estradas de ferro e luzes elétricas, assim como entre raças bárbaras.
O testemunho de milhões de Espíritas sobre a realidade das formas etéricas e astrais não pode ser deixada fora de consideração. Quando todos os casos de fraude e impostura forem descontados permanecem fenômenos que não podem ser considerados fraudulentos, e que podem ser examinados por quaisquer pessoas que cuidarem de dar tempo e trabalho para investigar.
Não há necessidade alguma de empregar-se um médium profissional; uns poucos amigos bem conhecidos entre si podem levar a cabo sua investigação juntos; e não é demais dizer que meia dúzia de pessoas, com um pouco de paciência e perseverança, podem convencer-se da existência de forças e inteligências outras que não as do plano físico.
Há perigo, nesta pesquisa, para naturezas emotivas, nervosas e facilmente influenciáveis, e seria bom não levar a investigação muito longe, pelas razões dadas antes. Mas não há maneira mais rápida de quebrar a descrença na existência de algo além do plano físico do que tentar uns poucos experimentos, e vale a pena correr algum risco a fim de realizar esta quebra.
Estas são apenas sugestões sobre linhas que o pesquisador poderá seguir, de modo a convencer-se de que há um estado de consciência tal como o que rotulamos de “astral”. Quando ele tiver coletado evidências suficientes para tornarem este estado provável para ele, será tempo de por-se no caminho do estudo sério.
Para uma investigação verdadeira do plano astral, o estudante deve desenvolver em si os sentidos necessários, e para tornar este conhecimento disponível enquanto ele estiver no corpo, ele deve aprender a transferir sua consciência ao plano astral sem perder contato com o organismo físico, de modo que possa imprimir no cérebro físico o conhecimento adquirido durante suas viagens astrais.
Mas para isso ele precisará ser não apenas um mero pesquisador, mas um estudante, e ele precisará da ajuda e orientação de um instrutor. Sobre encontrar este instrutor, “quando o discípulo estiver pronto o mestre sempre estará lá”. Provas adicionais da existência do plano astral, na época presente, são encontradas mais facilmente no estudo dos fenômenos mesméricos e hipnóticos. E aqui, antes de passarmos a eles, sou obrigada a dar uma palavra de advertência.
O uso do mesmerismo e do hipnotismo é rodeado de perigo. A publicidade que existe para todas as descobertas científicas do ocidente disseminou amplamente conhecimento que coloca ao alcance daqueles dispostos criminalmente poderes do mais terrível caráter, que podem ser usados com propósitos os mais daninhos.
Nenhum homem ou mulher bons usará estes poderes, se descobrir que os possui, exceto quando ele os usar puramente para serviço humano, sem fins pessoais em vista, e quando ele estiver bem seguro de que não estará por seu intermédio usurpando o controle sobre a vontade e ações de outro ser humano. Infelizmente o uso destas forças está tão aberto ao mau quanto ao bom, e podem ser, e estão sendo, usados para os fins mais nefastos.
Em vista destes novos perigos ameaçando indivíduos e sociedade, cada um faria melhor reforçando os hábitos de autocontrole e de concentração de pensamento e vontade, de modo a encorajar uma atitude mental positiva como oposta à negativa, e assim opondo uma resistência constante a todas as influências vindas de fora.
Nossos indolentes hábitos de pensamento, nossa falta de propósito nítido e consciente, deixam-nos abertos aos ataques dos hipnotizadores mal-intencionados, e que este é um perigo real e não fantasioso o tem sido provado por casos que levaram as vítimas para debaixo da lei criminal. Pode ser esperado que logo estas más práticas hipnóticas possam ser enquadradas no código penal.
Estando assim em atitude de cuidado e autodefesa, poderemos estudar embora com precaução as experiências tornadas públicas ao mundo, em nossa busca de provas preliminares da existência do plano astral. Pois aqui a ciência ocidental está na iminência de descobrir alguns dos “poderes” de que tanto tem falado os Teosofistas, e temos o direito de usar em justificação de nossos ensinamentos todos os fatos com que a ciência puder nos suprir.

Mas uma das mais importantes classes destes fatos é a dos pensamentos tornados visíveis como formas. Uma pessoa hipnotizada, depois de ser desperta do transe e estando aparentemente em posse normal de seus sentidos, pode ser feita ver quaisquer formas concebidas pelo hipnotizador. Nenhuma palavra precisa ser dita, nenhum toque feito; é suficiente que o hipnotizador imagine claramente para si mesmo alguma idéia, e aquela idéia se torna um objeto visível e tangível para a pessoa sob seu controle.
Este experimento pode ser tentado de várias maneiras; enquanto o paciente está em transe pode ser usada “sugestão”; isto é, o operador pode dizer-lhe que há uma ave em seu joelho, e quando despertar de seu transe ela verá o pássaro e tocará nele (Richet, Études Cliniques sur la Grand Hystérie, p. 645); ou que ele tem uma lâmpada entre suas mãos, e ao despertar ele pressionará suas mãos contra ela, sentindo a resistência no ar vazio (Binet & Féré, Animal Magnetism, p. 213).
Relatos destes experimentos podem ser lidos em Richet ou em Binet e Féré. Resultados similares podem ser obtidos sem “sugestão”, por pura concentração do pensamento; eu vi um paciente obrigado a retirar deste modo um anel do dedo de uma pessoa, sem haver sido falada palavra ou feito qualquer toque entre o hipnotizador e o hipnotizado.
A literatura sobre mesmerismo e hipnotismo em inglês, francês e alemão agora já é muito extensa, e está aberta a qualquer um. Pode ser desejada a evidência desta criação de formas pelo pensamento e vontade, formas que, no plano astral, são reais e objetivas. O mesmerismo e o hipnotismo deixam a inteligência livre neste plano, e ela opera portanto sem o impedimento normalmente imposto pelo aparato físico; ela pode ver e ouvir naquele plano, e vê pensamentos como sendo coisas.
Aqui, também para estudo real, é necessário aprender como transferir a consciência mas retendo o domínio do organismo físico; mas para uma investigação preliminar será bastante estudar outros cuja consciência é artificialmente liberada sem sua própria vontade. Esta realidade das imagens de pensamento em um plano suprafísico é um fato da maior importância, especialmente no que toca à reencarnação; mas é suficiente aqui apontá-la como um dos fatos que vão demonstrar a probabilidade prima facie da existência de tal plano.

Uma outra classe de fatos que merece estudo é aquela que inclui o fenômeno da transmissão de pensamento, e aqui chegamos aos níveis inferiores do plano mental ou Manásico. O Transactions of the Psychical Research Society contêm um vasto número de experiências interessantes sobre este tópico, e a possibilidade da transmissão de pensamento de cérebro a cérebro sem o uso de palavras, ou de qualquer outro meio de comunicação física comum, está à beira da aceitação geral.
E dois indivíduos, dotados de paciência, podem convencer a si mesmos desta possibilidade, se cuidarem de devotar ao esforço tempo e perseverança suficientes. Deixemos que combinem em dedicar, digamos, dez minutos diários à sua experiência, e fixando o tempo, que cada um isole-se, evitando interrupções de qualquer tipo. Que um seja o projetor de pensamento, e o outro o receptor, e é seguro alternar estas posições, a fim de evitar o risco de um se tornar permanentemente anormalmente passivo.

Que o projetor de pensamento se concentre em um pensamento definido e na vontade de impressioná-lo em seu amigo; nenhuma idéia senão esta deve entrar em sua mente; seu pensamento deve ser concentrado em uma só coisa, unidirecionado [one-pointed, no original – NT], na linguagem plástica de Patanjali. O receptor do pensamento, por outro lado, deve deixar sua mente em branco, e deve meramente perceber os pensamentos que entram nela. Ele os deve anotar à medida em que aparecem, sendo o seu único cuidado o de permanecer passivo, para nada rejeitar, nem encorajar nada.
O projetor do pensamento, por sua vez, deveria manter um registro das idéias que tenta enviar, e ao fim de seis meses os dois registros serão comparados. A menos que as pessoas sejam anormalmente deficientes em pensamento e vontade, algum poder de comunicação àquela altura se terá estabelecido entre elas, e se forem ao menos sensitivas, provavelmente também deverão ter desenvolvido o poder de verem-se mutuamente na luz astral.

Pode ser objetado que um experimento como este seria cansativo e monótono. Concedo. Todas as investigações em primeira mão sobre as leis e forças naturais são cansativas e monótonas. Este é o porquê de quase todo mundo preferir conhecimento de segunda mão ao de primeira; a “sublime paciência do investigador” é um dos dons mais raros. Darwin era capaz de realizar um experimento aparentemente trivial centenas de vezes a fim de substanciar um pequeno fato.
Os domínios supra-sensoriais certamente não requerem para sua conquista menos paciência e menos esforço do que os sensórios. A impaciência jamais conseguiu qualquer coisa na pesquisa da natureza, e o futuro estudante deve, desde o início, mostrar a perseverança incansável que pode morrer mas nunca relaxará em seu objetivo.
Finalmente, deixem-me aconselhar o pesquisador a manter seus olhos abertos para novas descobertas, especialmente nas ciências da eletricidade, física e química. Leia-se o comunicado do Prof. Lodge à British Association em Cardiff no outono de 1891 e o comunicado do Prof. Crookes à Society of Electrical Engineers em Londres no novembro seguinte.

Ele encontrará ali férteis sugestões sobre as linhas em que a ciência ocidental está se preparando para avançar, e eventualmente ele sentirá que pode haver algo na declaração de H.P.Blavatsky de que os Mestres de Sabedoria estão se preparando para dar provas que respaldarão a Doutrina Secreta.

https://www.facebook.com/elias.dipaiva

21 de fevereiro de 2015

Âtmâ-Buddhi, o Espírito

 Foto de Elias Di Paiva.

CAPÍTULO - 4/5.
OS SETE PRINCÍPIOS, VEÍCULOS, CORPOS, ATRIBUTOS, DO HOMEM.

"TEOSOFIA DE HELENA BLAVATSKY
PRINCÍPIOS VI E VII
Âtmâ-Buddhi, o Espírito
Completando o pensamento da última seção, olharemos primeiro para Âtmâ-Buddhi em sua conexão com Manas, e então passaremos a uma visão um pouco mais geral dele como a “Mônada”. A concepção melhor e mais clara da trindade humana, Âtmâ-Buddhi-Manas, será encontrada em A Chave para a Teosofia, na qual H.P.Blavatsky dá as seguintes definições:

“O EU SUPERIOR é Âtmâ, o inseparável raio do EU ÚNICO e Universal. É o Deus acima, mais do que dentro de nós. Feliz o homem que consegue saturar seu Ego interno com ele. O divino EGO ESPIRITUAL é a alma espiritual, ou Buddhi, em estreita união com Manas, o princípio mental, sem o qual não é um EGO de forma alguma, mas apenas o Veículo Âtmico.

“O EGO INTERIOR ou SUPERIOR é Manas, o assim chamado quinto princípio, independentemente de Buddhi. O princípio mental só é o Ego Espiritual quando imerso em e unificado com Buddhi... Ele é a individualidade permanente ou o Ego reencarnante”. (pp.175-176)

Âtmâ deve ser considerado então como a parte mais abstrata da natureza humana, o “alento” que precisa de um corpo para sua manifestação. Ele é a única realidade, que se manifesta em todos os planos, a essência do que todos os nossos princípios são apenas de aspectos.

A Existência Eterna única, de onde vêm todas as coisas, que encarna um de seus aspectos no universo, da qual falamos como sendo a Vida Única – esta Existência Eterna irradia-se como Âtmâ, o próprio Eu do universo e também do homem; seu núcleo mais interno, seu próprio coração, aquilo de que todas as coisas são herdeiras.
Em Si incapaz de manifestação direta nos planos inferiores, embora seja Aquilo sem o que nenhum dos planos inferiores poderia vir à existência, reveste-Se de Buddhi, como Seu veículo, ou meio para manifestação ulterior. “Buddhi é a faculdade de cognição, o canal através do qual o conhecimento divino chega ao Ego, é o discernimento do bem e do mal, também a consciência divina, e a Alma espiritual, que é o veículo de Âtmâ” (Dout. Sec., vol. I, p. 2).

Ele é freqüentemente chamado de o princípio do discernimento espiritual. Mas Âtmâ-Buddhi, um princípio universal, precisa individualizar-se antes que a experiência possa ser tida e a autoconsciência alcançada. Assim o princípio mental é unido a Âtmâ-Buddhi, e a trindade humana se completa. Manas se torna o Ego espiritual somente quando imerso em Buddhi; Buddhi se torna o Ego espiritual somente quando unido a Manas; na união dos dois jaz a evolução do Espírito, autoconsciente em todos os planos.
Daí Manas tende para Âtmâ-Buddhi, assim como o Manas inferior tende para o superior, e daí, em relação ao Manas superior, Âtmâ-Buddhi, ou Âtmâ, é freqüentemente chamado de “o Pai no Céu”, como o próprio Manas superior é ele mesmo descrido desta forma em relação ao inferior.

O Manas inferior ganha experiência para levá-la de volta à sua fonte; o Manas superior armazena o ganho através de todo o ciclo de reencarnação; Buddhi se funde com o Manas superior; e estes, penetrados pela luz Âtmica, una com aquele Eu Verdadeiro, a trindade se torna uma unidade, o Espírito fica autoconsciente em todos os planos, e o objetivo do universo manifesto é alcançado.
Mas nenhuma de minhas palavras pode presumir explicar ou descrever o que está além da explicação e além da descrição. As palavras podem apenas errar no que se refere a um tema destes, diminuindo-o e distorcendo-o. Somente por longa e paciente meditação o estudante pode esperar vagamente sentir algo maior que ele mesmo, embora algo que se move no mais fundo centro de seu ser.
Assim como ao olharmos firmemente para o pálido céu crepuscular, lá aparece depois de um momento, debilmente e muito distante, o suave brilho de uma estrela, assim ao olhar paciente da visão interior pode surgir o tênue raio da estrela espiritual, ainda que só como uma mera sugestão de um mundo muito remoto.
Só para uma pureza paciente e perseverante aquela luz surgirá, e bendito além de toda a bênção é aquele que vê seja apenas o mais pálido fulgir daquela radiância transcendente.
Com tais idéias a respeito do “Espírito”, será logo entendido o horror com que os Teosofistas fogem de atribuir os fenômenos triviais das sessões a “espíritos”. Tocando caixas de música, falando através de trompetes, batendo na cabeça das pessoas, carregando gaitas em torno da sala – estas coisas podem todas estar muito bem para entidades astrais, fantasmas e elementais, mas quem poderá atribuí-las a “espíritos” se tiver alguma concepção de Espírito digna deste nome?
Tal vulgarização e degradação do mais sublime dos conceitos já desenvolvidos pelo homem seguramente é motivo do mais profundo pesar, e pode-se esperar que muito logo estes fenômenos serão colocados em seu devido lugar, como evidência de que as visões materialistas do universo são inadequadas, em vez de serem exaltados a uma posição que não podem ocupar como provas do Espírito.
Nenhum fenômeno físico, nem intelectual, são provas da existência do Espírito. O Espírito só pode ser demonstrado para o espírito. Não se pode provar uma proposição de Euclides para um cão; não se pode provar Âtmâ-Buddhi para Kâma e para o Manas inferior. À medida que subirmos, nossa visão se ampliará, e quando estivermos no topo da Montanha Sagrada os planos do Espírito se estenderão diante de nossa visão aberta.
A MÔNADA EM EVOLUÇÃO
Talvez uma definição algo mais definida de Âtmâ-Buddhi possa ser obtida pelo estudante se ele considerar sua atuação na evolução como Mônada. Mas Âtmâ-Buddhi é idêntico com a Superalma universal, “ela mesma um aspecto da Raiz Desconhecida”, a Existência Única. Quando a manifestação inicia a Mônada é “arrojada para baixo na matéria”, para impulsionar para diante e forçar a evolução (vide a Dout. Sec., vol. II, p.115); ela é a fonte primeira, por assim dizer, de toda a evolução, a força propulsora na base de todas as coisas.

Todos os princípios que estivemos estudando são meros “aspectos variadamente diferenciados” de Âtmâ, a Única Realidade manifestando-se em nosso universo; está em cada átomo, é “a raiz de todo átomo individualmente e de todas as formas coletivamente”, e todos os princípios são fundamentalmente Âtmâ nos diferentes planos.
As etapas de sua evolução são mui claramente apresentadas em Cinco Anos de Teosofia, p. 273 et seq. Lá nos é mostrado como ela passa através dos estágios denominados elementais, “centros nascentes de forças”, e chega ao estágio mineral; dali passa subindo através do vegetal, animal, até o homem, vivificando todas as formas.
Como se nos é ensinado na Doutrina Secreta: “Diz o bem conhecido aforismo Cabalístico:
“Uma pedra se torna uma planta; a planta, uma besta; a besta, um homem; o homem, um espírito; e o espírito, um deus”. A ‘centelha’ anima todos os reinos por sua vez antes que entre e anime o homem divino, entre o qual e seu predecessor, o homem animal, há toda a diferença do mundo... A Mônada... existe primeiro de tudo, lançada abaixo pela lei da evolução na mais inferior forma da matéria – o mineral.
“Depois de um ciclo sétuplo encerrada na pedra, ou aquilo que se tornará mineral e pedra na Quarta Ronda, sai dela, digamos, como um líquen. Passando adiante, através de todas as formas de matéria vegetal, para o que é chamado matéria animal, chega agora ao ponto em que terá se tornado o germe, por assim dizer, do animal, que se tornará o homem físico” (vol I. pp. 266-267)

É a Mônada, Âtmâ-Buddhi, que vivifica assim cada parte e reino da natureza, fazendo tudo ser permeado de vida e consciência, um todo palpitante. “O ocultismo não reconhece nada inorgânico no cosmos. A expressão empregada pela ciência, ‘substância inorgânica’, significa simplesmente que a vida latente, dormitando nas moléculas da assim chamada ‘matéria inerte’, é irreconhecível.
Tudo é vida e cada átomo mesmo do pó mineral é uma vida, embora além de nossa compreensão e percepção, porque está fora do alcance das leis conhecidas dos que rejeitam o Ocultismo” (Dout. Sec. vol. I, pp. 268-269). E mais: “Tudo no universo, em todos os reinos, é consciente, isto é, dotado de uma consciência de seu próprio tipo e em seu próprio plano de percepção.
“Nós homens devemos lembrar que simplesmente porque não percebemos nenhum sinal de consciência que possamos reconhecer, digamos na pedra, não temos o direito de dizer que não existe nenhuma consciência ali. Não há esta coisa chamada matéria ‘morta’ ou ‘cega’, assim como não existe lei ‘cega’ ou ‘inconsciente’ “ (p. 295).
Quantos dos grandes poetas, com a sublime intuição do gênio, sentiram esta grande verdade! Para eles toda a natureza pulsa com vida; eles vêem vida e amor em toda parte, em sóis e planetas assim como nos grãos de pó, nas folhas esvoaçantes e nas flores que desabrocham, nos moscardos e nas serpentes que rastejam.
Cada forma manifesta tanto da Vida Única quanto é capaz de expressar, e o que é o homem para desprezar as manifestações mais limitadas, quando ele se compara, como uma expressão de vida, não com as formas abaixo de si, mas com as possibilidades de expressão que pairam acima dele em alturas infinitas de ser, que ele pode avaliar ainda menos do que a pedra pode avaliá-lo?

O estudante verá prontamente que devemos considerar esta força no centro da evolução como essencialmente única. Só há um Âtmâ-Buddhi no universo, a Alma universal, presente em todo lugar, imanente em tudo, a Única Energia Suprema da qual todas as várias energias ou forças são apenas formas diferentes.
Assim como o raio solar é luz ou calor ou eletricidade de acordo com seu ambiente condicionador, da mesma forma Âtmâ é todo energia, diferenciando-se em planos distintos. “Como uma abstração, nós o chamaremos de Vida Única; como uma realidade objetiva e evidente, falamos de uma escala de manifestação setenária, que começa na extremidade superior com a causalidade única incognoscível, e termina como Mente Onipresente e Vida imanente em cada átomo de matéria” (Dout. Sec., vol. I, p. 163)
Seu curso evolucionário está muito claramente delineado em uma citação dada na Doutrina Secreta, e como estudantes são freqüentemente confundidos a respeito desta unidade da Mônada, eu me associo a eles nesta declaração. O assunto é difícil, mas não poderia, imagino, ser melhor colocado do que nestas frases:
“Assim a essência Monádica ou cósmica (se nos permitirmos tal termo) no mineral, vegetal, e animal, embora a mesma em toda a série de ciclos desde o elemental mais inferior até o reino Dévico, só difere na escala de progressão.
“Seria muito enganoso imaginar uma Mônada como uma entidade separada trilhando seu lento caminho através dos reinos inferiores, e depois de incalculáveis séries de transformações florescer como um ser humano; em suma, que a Mônada de um Humboldt foi a Mônada de um átomo de silício.
“Em vez de dizermos ‘Mônada Mineral’, a fraseologia mais correta na ciência física, que diferencia cada átomo, a chamaria obviamente ‘a Mônada manifestando-se na forma de Prakriti chamada reino mineral’. O átomo, como representado na hipótese científica comum, não é uma partícula de algo, animada por algo psíquico, destinada depois de éons a florescer como um homem. Mas ele é uma manifestação concreta da energia universal que ainda não se tornou individualizada; uma manifestação seqüencial da Mônada universal única.

“O oceano de matéria não se divide em suas gotas potenciais e constituintes até que o impulso da vida atinge o estágio do nascimento humano. A tendência em direção à segregação em Mônadas individuais é gradual, e nos animais superiores quase chega no ponto. Os Peripatéticos aplicavam o termo Mônada ao conjunto do cosmos no sentido panteísta; e os ocultistas, ainda que aceitando este pensamento por amor à conveniência, distinguem os estágios progressivos da evolução da forma concreta a partir do abstrato com termos de que ‘Mônada mineral, vegetal, animal’ são exemplos. O termo meramente significa que a maré da evolução espiritual está passando por aquele arco de seu ciclo.
“A ‘Essência Monádica’ começa imperfeitamente a se diferenciar em direção à consciência individual no reino vegetal. Como as Mônadas não são coisas compósitas, como corretamente definiu Leibnitz, é a essência espiritual que as vivifica em seus graus de diferenciação o que propriamente constitui a Mônada – não a agregação atômica, que é só o veículo e a substância através dos quais se agitam os graus inferiores e superiores de inteligência”. (vol. I, p. 201)

O estudante que ler e ponderar esta passagem, a custo de um pequeno esforço presente, poupará a si mesmo muita confusão em dias futuros. Primeiro que perceba claramente que a Mônada – “a essência espiritual” à qual somente o termo Mônada deveria ser aplicado com precisão estrita – é uma só em todo o universo, que Âtmâ-Buddhi não é seu, nem meu, nem propriedade de ninguém em particular, mas sim é a essência espiritual energizante em tudo.

Da mesma forma a eletricidade é uma só em todo o mundo; embora possa estar ativa em sua máquina ou na minha, nem ele nem eu podemos chamá-la nossa eletricidade, particularmente. Mas – e aqui surge confusão – quando Âtmâ-Buddhi energiza-se num homem, em quem Manas está ativo como uma força individualizante, fala-se amiúde como se a “agregação atômica” fosse uma Mônada separada, e então temos “Mônadas”, como na passagem acima.

Esta maneira dúbia de usar o termo não levará ao erro se o estudante lembrar que o processo de individualização não está no plano espiritual, mas Âtmâ-Buddhi visto através de Manas parece compartilhar da individualidade deste último. Assim se você pegar na mão vários vidros coloridos pode ver através eles um sol vermelho, um sol azul, um sol amarelo, e assim por diante. Não obstante, só há um sol brilhando sobre você, alterado pelos meios pelos quais você o olha.

Quão freqüentemente nos deparamos com a frase “Mônadas humanas”; deveria ser “a Mõnada se manifestando no reino humano”; mas esta precisão algo pedante provavelmente só confundiria um maior número de pessoas, e a frase popular mais imprecisa não confundirá se o princípio de unidade no plano espiritual for compreendido, não mais do que nos confundimos ao falar do ‘nascer’ do sol.
“A Mônada Espiritual é única, universal, ilimitada, e inteira, cujos raios, não obstante, formam o que, em nossa ignorância, chamamos as ‘Mõnadas individuais’ dos homens” (Dout. Sec., vol I, p. 200).

Muito bela e poeticamente esta unidade é descrita em um dos Catecismos Ocultos, onde o Guru questiona o discípulo:
“Levanta tua cabeça, oh Lanoo; vês uma ou incontáveis luzes acima de ti, incandescentes nos escuro céu da meia-noite?
“Percebo só uma Chama, oh Gurudeva; vejo incontáveis centelhas não separadas ardendo nela”.
“Disseste bem. E agora olha em torno e dentro de ti mesmo. Aquela luz que brilha dentro de ti, tu a percebes diferente de alguma forma da luz que brilha em teus semelhantes?
“De modo algum ela é diferente, embora o prisioneiro seja mantido em amarras pelo Karma, e embora suas veste exteriores iludam o ignorante para que diga ‘tua alma’, e ‘minha alma’ “ (Dout. Sec., vol. I, p. 145).

Não deve haver agora nenhuma dificuldade séria em compreender os estágios da evolução humana; a Mônada, que tem percorrido seu caminho como vimos, chega no ponto em que a forma humana pode ser manifesta na terra; um corpo etérico e sua contraparte física então são desenvolvidos, Prâna se especializa a partir do grande oceano da vida, e Kâma é desenvolvido, todos estes princípios, o quaternário inferior, sendo vigiados pela Mônada, energizados por ela, impelidos por ela, forçados para a frente por ela em direção ao contínuo aperfeiçoamento da forma e da capacidade para manifestar as energias superiores na Natureza.

Este foi o homem animal, ou físico, que evolui através de duas Raças e meia. Mas a Mônada e o quaternário inferior não poderiam entrar em relação suficientemente estreita entre si; ainda faltava um elo. “O Dragão Dual [a Mônada] não tem domínio sobre a mera forma. É como a brisa que não encontra árvore ou ramagem para recebê-la e abrigá-la. Ela não pode afetar a forma quando não existe agente de transmissão, e a forma não a conhece” (Dout. Sec., vol II., p. 60).
Então, no ponto médio recém alcançado, isto é, da Terceira Raça, os Mânasaputra inferiores passaram a habitar as moradias assim preparadas para eles, e a formar a ponte entre o homem animal e o Espírito, entre o quaternário evoluído e o vigilante Âtmâ-Buddhi, para iniciar o longo ciclo de reencarnação que deve culminar no homem perfeito.
O “influxo Monádico”, ou a evolução da Mônada, do animal até o reino humano, continuou durante a Terceira Raça até a metade da Quarta, continuamente a população recebendo assim novos recrutas, continuando deste modo o nascimento de almas durante a segunda metade da Terceira Raça e a primeira metade da Quarta.

Depois disso, do “ponto de inflexão” do ciclo de evolução, “mais nenhuma Mônada pode entrar no reino humano. A porta se fecha para este ciclo” (Dout. Sec., vol. I, p. 205). Desde então a reencarnação tem sido o método de evolução, esta reencarnação individual do Pensador imortal em conjunção com Âtmâ-Buddhi substituindo a habitação coletiva de Âtmâ-Buddhi nas formas inferiores de matéria.
De acordo com os ensinamentos Teosóficos, a humanidade agora atingiu a Quinta Raça, e estamos já na quinta sub-raça, tendo diante de si a humanidade deste globo no presente estágio a complementação da Quinta Raça, e o surgimento, maturidade e queda da Sexta e Sétima Raças.

Mas durante todas as eras necessárias para esta evolução, não há aumento no número total de Egos reencarnantes; só um pequeno número deles estão encarnados sobre o globo em qualquer tempo dado, de modo que a população pode aumentar e diminuir dentro de limites muito amplos, e tem-se percebido que há uma explosão populacional depois de um despovoamento local causado por uma mortalidade fora do comum.
Há espaço de sobra para todas estas flutuações, tendo-se em vista a diferença entre o número total de Egos reencarnantes e o número de fato encarnado em um dado período.

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