21 de fevereiro de 2015

Âtmâ-Buddhi, o Espírito

 Foto de Elias Di Paiva.

CAPÍTULO - 4/5.
OS SETE PRINCÍPIOS, VEÍCULOS, CORPOS, ATRIBUTOS, DO HOMEM.

"TEOSOFIA DE HELENA BLAVATSKY
PRINCÍPIOS VI E VII
Âtmâ-Buddhi, o Espírito
Completando o pensamento da última seção, olharemos primeiro para Âtmâ-Buddhi em sua conexão com Manas, e então passaremos a uma visão um pouco mais geral dele como a “Mônada”. A concepção melhor e mais clara da trindade humana, Âtmâ-Buddhi-Manas, será encontrada em A Chave para a Teosofia, na qual H.P.Blavatsky dá as seguintes definições:

“O EU SUPERIOR é Âtmâ, o inseparável raio do EU ÚNICO e Universal. É o Deus acima, mais do que dentro de nós. Feliz o homem que consegue saturar seu Ego interno com ele. O divino EGO ESPIRITUAL é a alma espiritual, ou Buddhi, em estreita união com Manas, o princípio mental, sem o qual não é um EGO de forma alguma, mas apenas o Veículo Âtmico.

“O EGO INTERIOR ou SUPERIOR é Manas, o assim chamado quinto princípio, independentemente de Buddhi. O princípio mental só é o Ego Espiritual quando imerso em e unificado com Buddhi... Ele é a individualidade permanente ou o Ego reencarnante”. (pp.175-176)

Âtmâ deve ser considerado então como a parte mais abstrata da natureza humana, o “alento” que precisa de um corpo para sua manifestação. Ele é a única realidade, que se manifesta em todos os planos, a essência do que todos os nossos princípios são apenas de aspectos.

A Existência Eterna única, de onde vêm todas as coisas, que encarna um de seus aspectos no universo, da qual falamos como sendo a Vida Única – esta Existência Eterna irradia-se como Âtmâ, o próprio Eu do universo e também do homem; seu núcleo mais interno, seu próprio coração, aquilo de que todas as coisas são herdeiras.
Em Si incapaz de manifestação direta nos planos inferiores, embora seja Aquilo sem o que nenhum dos planos inferiores poderia vir à existência, reveste-Se de Buddhi, como Seu veículo, ou meio para manifestação ulterior. “Buddhi é a faculdade de cognição, o canal através do qual o conhecimento divino chega ao Ego, é o discernimento do bem e do mal, também a consciência divina, e a Alma espiritual, que é o veículo de Âtmâ” (Dout. Sec., vol. I, p. 2).

Ele é freqüentemente chamado de o princípio do discernimento espiritual. Mas Âtmâ-Buddhi, um princípio universal, precisa individualizar-se antes que a experiência possa ser tida e a autoconsciência alcançada. Assim o princípio mental é unido a Âtmâ-Buddhi, e a trindade humana se completa. Manas se torna o Ego espiritual somente quando imerso em Buddhi; Buddhi se torna o Ego espiritual somente quando unido a Manas; na união dos dois jaz a evolução do Espírito, autoconsciente em todos os planos.
Daí Manas tende para Âtmâ-Buddhi, assim como o Manas inferior tende para o superior, e daí, em relação ao Manas superior, Âtmâ-Buddhi, ou Âtmâ, é freqüentemente chamado de “o Pai no Céu”, como o próprio Manas superior é ele mesmo descrido desta forma em relação ao inferior.

O Manas inferior ganha experiência para levá-la de volta à sua fonte; o Manas superior armazena o ganho através de todo o ciclo de reencarnação; Buddhi se funde com o Manas superior; e estes, penetrados pela luz Âtmica, una com aquele Eu Verdadeiro, a trindade se torna uma unidade, o Espírito fica autoconsciente em todos os planos, e o objetivo do universo manifesto é alcançado.
Mas nenhuma de minhas palavras pode presumir explicar ou descrever o que está além da explicação e além da descrição. As palavras podem apenas errar no que se refere a um tema destes, diminuindo-o e distorcendo-o. Somente por longa e paciente meditação o estudante pode esperar vagamente sentir algo maior que ele mesmo, embora algo que se move no mais fundo centro de seu ser.
Assim como ao olharmos firmemente para o pálido céu crepuscular, lá aparece depois de um momento, debilmente e muito distante, o suave brilho de uma estrela, assim ao olhar paciente da visão interior pode surgir o tênue raio da estrela espiritual, ainda que só como uma mera sugestão de um mundo muito remoto.
Só para uma pureza paciente e perseverante aquela luz surgirá, e bendito além de toda a bênção é aquele que vê seja apenas o mais pálido fulgir daquela radiância transcendente.
Com tais idéias a respeito do “Espírito”, será logo entendido o horror com que os Teosofistas fogem de atribuir os fenômenos triviais das sessões a “espíritos”. Tocando caixas de música, falando através de trompetes, batendo na cabeça das pessoas, carregando gaitas em torno da sala – estas coisas podem todas estar muito bem para entidades astrais, fantasmas e elementais, mas quem poderá atribuí-las a “espíritos” se tiver alguma concepção de Espírito digna deste nome?
Tal vulgarização e degradação do mais sublime dos conceitos já desenvolvidos pelo homem seguramente é motivo do mais profundo pesar, e pode-se esperar que muito logo estes fenômenos serão colocados em seu devido lugar, como evidência de que as visões materialistas do universo são inadequadas, em vez de serem exaltados a uma posição que não podem ocupar como provas do Espírito.
Nenhum fenômeno físico, nem intelectual, são provas da existência do Espírito. O Espírito só pode ser demonstrado para o espírito. Não se pode provar uma proposição de Euclides para um cão; não se pode provar Âtmâ-Buddhi para Kâma e para o Manas inferior. À medida que subirmos, nossa visão se ampliará, e quando estivermos no topo da Montanha Sagrada os planos do Espírito se estenderão diante de nossa visão aberta.
A MÔNADA EM EVOLUÇÃO
Talvez uma definição algo mais definida de Âtmâ-Buddhi possa ser obtida pelo estudante se ele considerar sua atuação na evolução como Mônada. Mas Âtmâ-Buddhi é idêntico com a Superalma universal, “ela mesma um aspecto da Raiz Desconhecida”, a Existência Única. Quando a manifestação inicia a Mônada é “arrojada para baixo na matéria”, para impulsionar para diante e forçar a evolução (vide a Dout. Sec., vol. II, p.115); ela é a fonte primeira, por assim dizer, de toda a evolução, a força propulsora na base de todas as coisas.

Todos os princípios que estivemos estudando são meros “aspectos variadamente diferenciados” de Âtmâ, a Única Realidade manifestando-se em nosso universo; está em cada átomo, é “a raiz de todo átomo individualmente e de todas as formas coletivamente”, e todos os princípios são fundamentalmente Âtmâ nos diferentes planos.
As etapas de sua evolução são mui claramente apresentadas em Cinco Anos de Teosofia, p. 273 et seq. Lá nos é mostrado como ela passa através dos estágios denominados elementais, “centros nascentes de forças”, e chega ao estágio mineral; dali passa subindo através do vegetal, animal, até o homem, vivificando todas as formas.
Como se nos é ensinado na Doutrina Secreta: “Diz o bem conhecido aforismo Cabalístico:
“Uma pedra se torna uma planta; a planta, uma besta; a besta, um homem; o homem, um espírito; e o espírito, um deus”. A ‘centelha’ anima todos os reinos por sua vez antes que entre e anime o homem divino, entre o qual e seu predecessor, o homem animal, há toda a diferença do mundo... A Mônada... existe primeiro de tudo, lançada abaixo pela lei da evolução na mais inferior forma da matéria – o mineral.
“Depois de um ciclo sétuplo encerrada na pedra, ou aquilo que se tornará mineral e pedra na Quarta Ronda, sai dela, digamos, como um líquen. Passando adiante, através de todas as formas de matéria vegetal, para o que é chamado matéria animal, chega agora ao ponto em que terá se tornado o germe, por assim dizer, do animal, que se tornará o homem físico” (vol I. pp. 266-267)

É a Mônada, Âtmâ-Buddhi, que vivifica assim cada parte e reino da natureza, fazendo tudo ser permeado de vida e consciência, um todo palpitante. “O ocultismo não reconhece nada inorgânico no cosmos. A expressão empregada pela ciência, ‘substância inorgânica’, significa simplesmente que a vida latente, dormitando nas moléculas da assim chamada ‘matéria inerte’, é irreconhecível.
Tudo é vida e cada átomo mesmo do pó mineral é uma vida, embora além de nossa compreensão e percepção, porque está fora do alcance das leis conhecidas dos que rejeitam o Ocultismo” (Dout. Sec. vol. I, pp. 268-269). E mais: “Tudo no universo, em todos os reinos, é consciente, isto é, dotado de uma consciência de seu próprio tipo e em seu próprio plano de percepção.
“Nós homens devemos lembrar que simplesmente porque não percebemos nenhum sinal de consciência que possamos reconhecer, digamos na pedra, não temos o direito de dizer que não existe nenhuma consciência ali. Não há esta coisa chamada matéria ‘morta’ ou ‘cega’, assim como não existe lei ‘cega’ ou ‘inconsciente’ “ (p. 295).
Quantos dos grandes poetas, com a sublime intuição do gênio, sentiram esta grande verdade! Para eles toda a natureza pulsa com vida; eles vêem vida e amor em toda parte, em sóis e planetas assim como nos grãos de pó, nas folhas esvoaçantes e nas flores que desabrocham, nos moscardos e nas serpentes que rastejam.
Cada forma manifesta tanto da Vida Única quanto é capaz de expressar, e o que é o homem para desprezar as manifestações mais limitadas, quando ele se compara, como uma expressão de vida, não com as formas abaixo de si, mas com as possibilidades de expressão que pairam acima dele em alturas infinitas de ser, que ele pode avaliar ainda menos do que a pedra pode avaliá-lo?

O estudante verá prontamente que devemos considerar esta força no centro da evolução como essencialmente única. Só há um Âtmâ-Buddhi no universo, a Alma universal, presente em todo lugar, imanente em tudo, a Única Energia Suprema da qual todas as várias energias ou forças são apenas formas diferentes.
Assim como o raio solar é luz ou calor ou eletricidade de acordo com seu ambiente condicionador, da mesma forma Âtmâ é todo energia, diferenciando-se em planos distintos. “Como uma abstração, nós o chamaremos de Vida Única; como uma realidade objetiva e evidente, falamos de uma escala de manifestação setenária, que começa na extremidade superior com a causalidade única incognoscível, e termina como Mente Onipresente e Vida imanente em cada átomo de matéria” (Dout. Sec., vol. I, p. 163)
Seu curso evolucionário está muito claramente delineado em uma citação dada na Doutrina Secreta, e como estudantes são freqüentemente confundidos a respeito desta unidade da Mônada, eu me associo a eles nesta declaração. O assunto é difícil, mas não poderia, imagino, ser melhor colocado do que nestas frases:
“Assim a essência Monádica ou cósmica (se nos permitirmos tal termo) no mineral, vegetal, e animal, embora a mesma em toda a série de ciclos desde o elemental mais inferior até o reino Dévico, só difere na escala de progressão.
“Seria muito enganoso imaginar uma Mônada como uma entidade separada trilhando seu lento caminho através dos reinos inferiores, e depois de incalculáveis séries de transformações florescer como um ser humano; em suma, que a Mônada de um Humboldt foi a Mônada de um átomo de silício.
“Em vez de dizermos ‘Mônada Mineral’, a fraseologia mais correta na ciência física, que diferencia cada átomo, a chamaria obviamente ‘a Mônada manifestando-se na forma de Prakriti chamada reino mineral’. O átomo, como representado na hipótese científica comum, não é uma partícula de algo, animada por algo psíquico, destinada depois de éons a florescer como um homem. Mas ele é uma manifestação concreta da energia universal que ainda não se tornou individualizada; uma manifestação seqüencial da Mônada universal única.

“O oceano de matéria não se divide em suas gotas potenciais e constituintes até que o impulso da vida atinge o estágio do nascimento humano. A tendência em direção à segregação em Mônadas individuais é gradual, e nos animais superiores quase chega no ponto. Os Peripatéticos aplicavam o termo Mônada ao conjunto do cosmos no sentido panteísta; e os ocultistas, ainda que aceitando este pensamento por amor à conveniência, distinguem os estágios progressivos da evolução da forma concreta a partir do abstrato com termos de que ‘Mônada mineral, vegetal, animal’ são exemplos. O termo meramente significa que a maré da evolução espiritual está passando por aquele arco de seu ciclo.
“A ‘Essência Monádica’ começa imperfeitamente a se diferenciar em direção à consciência individual no reino vegetal. Como as Mônadas não são coisas compósitas, como corretamente definiu Leibnitz, é a essência espiritual que as vivifica em seus graus de diferenciação o que propriamente constitui a Mônada – não a agregação atômica, que é só o veículo e a substância através dos quais se agitam os graus inferiores e superiores de inteligência”. (vol. I, p. 201)

O estudante que ler e ponderar esta passagem, a custo de um pequeno esforço presente, poupará a si mesmo muita confusão em dias futuros. Primeiro que perceba claramente que a Mônada – “a essência espiritual” à qual somente o termo Mônada deveria ser aplicado com precisão estrita – é uma só em todo o universo, que Âtmâ-Buddhi não é seu, nem meu, nem propriedade de ninguém em particular, mas sim é a essência espiritual energizante em tudo.

Da mesma forma a eletricidade é uma só em todo o mundo; embora possa estar ativa em sua máquina ou na minha, nem ele nem eu podemos chamá-la nossa eletricidade, particularmente. Mas – e aqui surge confusão – quando Âtmâ-Buddhi energiza-se num homem, em quem Manas está ativo como uma força individualizante, fala-se amiúde como se a “agregação atômica” fosse uma Mônada separada, e então temos “Mônadas”, como na passagem acima.

Esta maneira dúbia de usar o termo não levará ao erro se o estudante lembrar que o processo de individualização não está no plano espiritual, mas Âtmâ-Buddhi visto através de Manas parece compartilhar da individualidade deste último. Assim se você pegar na mão vários vidros coloridos pode ver através eles um sol vermelho, um sol azul, um sol amarelo, e assim por diante. Não obstante, só há um sol brilhando sobre você, alterado pelos meios pelos quais você o olha.

Quão freqüentemente nos deparamos com a frase “Mônadas humanas”; deveria ser “a Mõnada se manifestando no reino humano”; mas esta precisão algo pedante provavelmente só confundiria um maior número de pessoas, e a frase popular mais imprecisa não confundirá se o princípio de unidade no plano espiritual for compreendido, não mais do que nos confundimos ao falar do ‘nascer’ do sol.
“A Mônada Espiritual é única, universal, ilimitada, e inteira, cujos raios, não obstante, formam o que, em nossa ignorância, chamamos as ‘Mõnadas individuais’ dos homens” (Dout. Sec., vol I, p. 200).

Muito bela e poeticamente esta unidade é descrita em um dos Catecismos Ocultos, onde o Guru questiona o discípulo:
“Levanta tua cabeça, oh Lanoo; vês uma ou incontáveis luzes acima de ti, incandescentes nos escuro céu da meia-noite?
“Percebo só uma Chama, oh Gurudeva; vejo incontáveis centelhas não separadas ardendo nela”.
“Disseste bem. E agora olha em torno e dentro de ti mesmo. Aquela luz que brilha dentro de ti, tu a percebes diferente de alguma forma da luz que brilha em teus semelhantes?
“De modo algum ela é diferente, embora o prisioneiro seja mantido em amarras pelo Karma, e embora suas veste exteriores iludam o ignorante para que diga ‘tua alma’, e ‘minha alma’ “ (Dout. Sec., vol. I, p. 145).

Não deve haver agora nenhuma dificuldade séria em compreender os estágios da evolução humana; a Mônada, que tem percorrido seu caminho como vimos, chega no ponto em que a forma humana pode ser manifesta na terra; um corpo etérico e sua contraparte física então são desenvolvidos, Prâna se especializa a partir do grande oceano da vida, e Kâma é desenvolvido, todos estes princípios, o quaternário inferior, sendo vigiados pela Mônada, energizados por ela, impelidos por ela, forçados para a frente por ela em direção ao contínuo aperfeiçoamento da forma e da capacidade para manifestar as energias superiores na Natureza.

Este foi o homem animal, ou físico, que evolui através de duas Raças e meia. Mas a Mônada e o quaternário inferior não poderiam entrar em relação suficientemente estreita entre si; ainda faltava um elo. “O Dragão Dual [a Mônada] não tem domínio sobre a mera forma. É como a brisa que não encontra árvore ou ramagem para recebê-la e abrigá-la. Ela não pode afetar a forma quando não existe agente de transmissão, e a forma não a conhece” (Dout. Sec., vol II., p. 60).
Então, no ponto médio recém alcançado, isto é, da Terceira Raça, os Mânasaputra inferiores passaram a habitar as moradias assim preparadas para eles, e a formar a ponte entre o homem animal e o Espírito, entre o quaternário evoluído e o vigilante Âtmâ-Buddhi, para iniciar o longo ciclo de reencarnação que deve culminar no homem perfeito.
O “influxo Monádico”, ou a evolução da Mônada, do animal até o reino humano, continuou durante a Terceira Raça até a metade da Quarta, continuamente a população recebendo assim novos recrutas, continuando deste modo o nascimento de almas durante a segunda metade da Terceira Raça e a primeira metade da Quarta.

Depois disso, do “ponto de inflexão” do ciclo de evolução, “mais nenhuma Mônada pode entrar no reino humano. A porta se fecha para este ciclo” (Dout. Sec., vol. I, p. 205). Desde então a reencarnação tem sido o método de evolução, esta reencarnação individual do Pensador imortal em conjunção com Âtmâ-Buddhi substituindo a habitação coletiva de Âtmâ-Buddhi nas formas inferiores de matéria.
De acordo com os ensinamentos Teosóficos, a humanidade agora atingiu a Quinta Raça, e estamos já na quinta sub-raça, tendo diante de si a humanidade deste globo no presente estágio a complementação da Quinta Raça, e o surgimento, maturidade e queda da Sexta e Sétima Raças.

Mas durante todas as eras necessárias para esta evolução, não há aumento no número total de Egos reencarnantes; só um pequeno número deles estão encarnados sobre o globo em qualquer tempo dado, de modo que a população pode aumentar e diminuir dentro de limites muito amplos, e tem-se percebido que há uma explosão populacional depois de um despovoamento local causado por uma mortalidade fora do comum.
Há espaço de sobra para todas estas flutuações, tendo-se em vista a diferença entre o número total de Egos reencarnantes e o número de fato encarnado em um dado período.

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