16 de fevereiro de 2015

Caminhando no universo


 

 Caso possa ser útil a alguém, compartilho o comentário a pergunta do Ary Rodrigues Santos Junior, sobre o que vem antes do antes:

Ary Rodrigues Santos Junior, obrigado pela pergunta....

Primeiro, lembre que iniciação (como o próprio nome diz) é um processo que só tem começo. Nunca conhecemos nenhum "terminado", só conhecemos "iniciados", e estes, usam centenas de existências par assim poderem ser considerados pelos externos(nós, JIvas), coisa que, eles mesmos, desconhecem.

Segundo, lembre que somente um SER em cada momento evolucional, saberá tudo, e este é o Mestre. Nós, Jivas, jamais saberemos tudo, independente de sermos peregrinos (o que somos agora) ou sermos iniciados. Quanto mais alto o grau do iniciado, mas ele sabe somente daquilo que lhe compete fazer, ou seja, tudo de pouco.

Terceiro, se estamos em um processo que não tem fim, e no qual não saberemos tudo, então, para que termos aquilo que, humanamente chamamos pressa, mas que ocultamente, astralmente, pode-se chamar de "fome dos elementais que se alimentam do conhecimento"!

Quarto, nós não aprendemos algo. Nós somente revemos o que já sabíamos, agora com um nível de consciência diferente. É o equivalente a mostrar uma fórmula alquímica para uma criança, e depois, mostra-la novamente, para um adulto(sábio).

Quinto, somos formados de 7 partes, um quadrado(com forma) e um triângulo (sem forma). Quem precisa aprender é o quadrado, pois o triângulo tudo sabe. Então, em última instância, a vida é um contínuo processo de aprendizado, onde nós ensinamos a nós mesmos, com o único objetivo de tornar ligados o triângulo e o quadrado, para que se crie um código de linguagem inteligível a ambos. O triângulo tudo sabe e pouco fala. O quadrado, nada sabe e grita o tempo todo. Por educação, o triângulo se cala, e espera que o quadrado seja sublimado.

Sexto, saber, rever o conhecimento, olhar novamente para o universo com olhos conscientes é nosso direito e dever. Assim, da mesma forma que a mente concreta/astral (alma) deseja ansiosamente buscar um conhecimento (ou satisfazer a fome de conhecimento) e caminha naquela direção, o conhecimento em si, deseja ser revisto, deseja ser descoberto, deseja ser vitalizado, e faz a caminhada na direção daquele que precisa saber. As vezes, então, a melhor forma de obter o completo conhecimento, é esperar que ele, no tempo certo, do seu próprio modo, venha até aquele que dele precisa. Tipo aquela frase do preparar o jardim e esperar as borboletas. Quer dizer, em uma bela alma, o espírito sente-se ambientado e em casa.

Sétimo, o máximo da compreensão de um assunto qualquer, será aquele momento em que vc o contemple e, sua surpresa seja de tal forma grande, que não poderá expressar-se em palavras. naquele momento, vc não saberá aquele assunto, mas será um com o próprio assunto, reflexos.

Oitavo, HPB teve o árduo trabalho de trazer para a linguagem do Quarto Sistema, mente concreta, o conhecimento da antiga tradição, assim, a dificuldade em lê-la, é que é escrito para uma mente concreta que não está permeável a isto, pois contraria suas bases, e a expõem, baseado na incompreensão lógica. Além do mais, já vibra a Quinta Tônica, o Quinto Sistema, o Avatara, assim, a tônica desta Raça, deveria ser já a Mente Abstrata, a qual se comunica por um código de linguagem diferente, onde também é considerado o amor, e não só a ciência(por isto, a ciência de HJS(Henrique José de Souza): Amor-Sabedoria).

Nono, ao ler um livro, os caminhos na conversa com o mesmo, irão sempre, do astral (aquele que busca sofregamente uma única informação para uso imediato, tratando um livro sagrado como se fosse uma lista telefônica) até a mente abstrata, onde não mais se l^´e, mas sim, conversa-se com o ente, com o ser, que é aquele conglomerado de criações, o qual chamamos livro.

Décimo, enfim, sobre a questão do que vem antes: SA HAN, expiração e inspiração (a Ave de HANSA), aquilo que é e não É. Uma expiração (Hálito, som, verbo), transforma vida energia em vida consciência, depois disto, uma inspiração é o momento e avaliar as experiência, uma noite de Brahma, um dia de descanso, um Pralaya, aquele momento em que nem a matéria existe.

Quando há o impulso para outra expiração, cria-se o universo (ou os universos), cria-se a matéria, e inicia-se o transbordo das consciências que nele existirão: primeiro vem as mais novas(portanto, mais inexperientes) e depois as mais antigas. Sempre o mais antigo ajudando a conduzir o mais novo. É assim no corpo humano, no planeta, no sistema solar, na galáxia, no universo, nos universos. Todos delimitados, e cada ambiência formando um ser, que se une acima, e se multiplica abaixo.

Com diz JHS, não somos os primeiros e nem seremos os últimos, e isto vale para todo o universo.

Creio que a grande descoberta é que a vida é formada daqueles pequenos momentos que temos, enquanto estamos esperando que a vida aconteça. Ou a felicidade é formada por aquelas pequenas felicidades reais do dia a dia, as quais não nos damos conta nem importância, pois estamos a espera de uma gigantesca felicidade, que no fim das contas, é só o somatório de todas aquelas que deixamos de ver e viver.

Assim é a vida: a compreensão do universo, do manifestado, do Imanifestado, do Todo, faz-se simplesmente com o aprimoramento do sentido da visão: ver a realidade é viver a realidade.

E lembra-se da voz Prâmanâ? Pois é, é como acontece o conhecimento. Quer dizer, quando conhecemos alguma coisa, nossa mene vibra acima e abaixo, na mesma altura da coisa conhecida. O que significa que, aquilo que temos em nós, na verdade (e isto é a coisa linda do processo) indica o lugar do universo onde estamos. Assim, podemos viver em qualquer lugar do universo visível ou invisível, a qualquer momento: este é um dos maiores poderes que a esta humanidade foi dado.

Fraterno abraço, fique bem, fique em paz, e aproveite este universo, pois é nele que vc caminha.

Mas lembre-se que o universo não é isto que vc vê quando olha para o céu.

O que vc vê, é o passado (por exemplo, uma estrela que está distante 50 milhões de anos-luz, significa que a luz da mesma demorou este tempo para chegar aqui. Por decorrência, é muito provável que  a maioria dos pontos de luz e corpos celestes que aparentemente vemos, sejam apenas ecos de vozes siderais), uma vez que o novo céu, o presente, quem está fazendo é esta humanidade, ao se deslocar na matéria/tempo, que são a mesma coisa.

Jorge Oro
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