24 de setembro de 2012


O Plano Extrafísico II

Quanto à criação da Terra, não negamos, nem poderíamos negar o conhecimento da ciência quanto ao surgimento da vida, apenas complementamos este mesmo conhecimento com um conhecimento espiritual. Entendemos que tudo existia de forma latente na energia primordial (fluido cósmico universal, energia imanente, chi, etc), inclusive os germens básicos da vida, que fariam a vida surgir futuramente. Porém, essa energia primordial foi manipulada de tal forma pelos Cientistas Espirituais, para, mais tarde, a vida física ter início por "coincidências cósmicas". Houve, então, inicialmente, uma condensação dessa energia sutil, formando primeiro os planos superiores, que chamamos por: plano mental, plano astral, até chegarmos ao plano físico. Isso fica claro, pois a energia sutil vai partindo sempre do alto para baixo, através de um processo lento de condensação, devidamente orientado pelos Espíritos Superiores, para todos esses planos coexistirem harmonicamente. Quanto a criação do princípio espiritual, que muito mais tarde viria a se tornar Espírito, é importante dizer que o Pensamento de Deus permeia todo o Universo, interligando tudo e todos. O Universo é inteligente, a Vida é inteligente. Pela Vontade de Deus, que reina soberana em todos os lugares, através dos seus intermediários, seus Ministros, os Engenheiros Siderais, Cientistas da Vida Superior, captaram o Pensamento Divino, e utilizaram esse imenso potencial divino, pensante, transformando-o em bilhões de "partículas divinas", o que viria a ser chamado atualmente de princípio consciencial ou princípio espiritual. Assim, tudo foi criado.

Então, este princípio consciencial, existente desde antes da criação material do planeta, foi descendo, desde a energia primordial, até os planos mental, astral, até chegar ao plano físico, captando em todos esses planos, por um automatismo do ser, o que seria necessário para sua manifestação plena na Terra, e que viria a desenvolver somente bilhões de anos depois, o que conhecemos por: pensamentos e sentimentos; estes são necessários à vida, porém, vieram somente muito mais tarde. Apesar do princípio espiritual passar primeiro pelos planos mental e astral, somente adquiriu o pensamento e o sentimento após conquistar inicialmente tudo que fosse possível nas inúmeras experiências no plano físico, nos sucessivos reinos. Então, após a formação da Terra, pela evolução das eras, este princípio espiritual foi se desenvolvendo pelos reinos mineral, vegetal, animal, Humano, pois assim está escrito: "A alma dorme na pedra, sonha na planta, move-se no animal e desperta no homem.".

No antigo Egito, Hermes Trismegisto já ensinava que "a pedra se converte em planta; a planta em animal; o animal em homem, em Espírito; o Espírito em Deus.”. Somos, em todos os sentidos, Filhos da Terra. Em outras palavras, resumindo tudo isso, de forma simples, primeiro houve uma "descida" do princípio consciencial, passando inicialmente pelos planos mais elevados até chegar ao plano físico; no mundo material, passou pelos diversos reinos, até formar o homem atual, protótipo do homem do futuro, do terceiro milênio. Logicamente, existiram também inúmeros outros seres que evoluiram em outros planetas e depois vieram para este mundo, através do processo de reencarnação. Não vemos, nem poderíamos ver dualidade total entre Espírito e Matéria, pois um precisa do outro, e ambos caminharam juntos, lado a lado, no surgimento da Vida, por centenas de milhões de anos, na maravilhosa existência Terrestre.
Quanto ao que explicamos acima, daremos alguns esclarecimentos adicionais. Como vimos, após a "descida" do princípio espiritual, através dos diversos planos, por um automatismo do ser, este princípio consciencial adquiriu, em cada plano, na intimidade do seu ser ainda em formação, de forma embrionária, várias características iniciais, embora rudimentares, que à semelhança de uma pequena semente, viria dar vida, muito mais tarde, à uma imensa árvore, bonita e frondosa. Posteriormente, passou pelos diversos reinos: mineral, vegetal, animal, Humano; adquiriu inicialmente as sensações; muito mais tarde adquiriu o automatismo inconsciente e o instinto; depois vieram os sentimentos e pensamentos. A chegada ao reino humano é uma conquista magnífica, pois é somente no reino humano que ele tem condição de ser chamado de Filho de Deus.

Durante os diferentes ciclos evolutivos, o princípio consciencial se desenvolveu, e foram se formando, aos poucos, lentamente, tudo que faz parte do seu real ser. Inicialmente, durante milênios, o princípio consciencial vai residir nos cristais, em longuíssimo processo de auto-fixação, ensaiando, aos poucos, os primeiros movimentos internos de organização e crescimento volumétrico, até que surge, no grande relógio da existência, o instante sublime em que será liberado para a glória orgânica da vida, em sua passagem para o próximo reino. Em sua passagem pelos reinos inferiores, o princípio espiritual desenvolveu um corpo etérico bem acanhado. Sabemos que os cristais emitem um campo energético próprio, concluindo, assim, que nessa fase já existia formado um campo de energia sutil.

Após sua passagem pelo reino mineral, o princípio espiritual vai iniciar outra etapa de sua longa carreira evolutiva. Identifica-se com os vírus, logo a seguir com as bactérias rudimentares, as algas unicelulares e posteriormente com as algas pluricelulares. O princípio consciencial passa então a vivenciar as experiências nos vegetais mais complexos, melhor estruturados, onde ele vai adquirir a capacidade de reagir direta ou indiretamente a qualquer mudança exterior e depois a faculdade de sentir, captar e registrar as alterações do meio que o cerca (sensação), conquistas do princípio espiritual em seu percurso pelo reino vegetal. Nesse reino, ampliou-se esse campo energético, vital, e foram conquistados pequenos chakras, em sua fase inicial de desenvolvimento, que seriam ampliados nos futuros reinos.
 
Mais tarde, assinala-se o ingresso do princípio consciencial no reino animal. O princípio espiritual vai desdobrar-se entre os espongiários, os celenterados, os equinodermos e crustáceos, anfíbios, répteis, os peixes e as aves, até chegar aos mamíferos. Neste imenso percurso, o princípio consciencial estará enriquecendo a sua estrutura energética, aprimorando o seu psiquismo rudimentar e assimilando os valores múltiplos da organização, da reprodução, da memória, da auto-preservação, enfim, dos diversos instintos, preparando-se, futuramente, para a sublime conquista da razão. Este corpo vital, energético, que tanto falamos, se desenvolveu muito mais no reino animal, principalmente em determinados animais, e também os chakras foram passando por uma elaboração muito maior e mais complexa do que no reino anterior, aumentando sua quantidade, tamanho, forma, etc. Em alguns animais, foi formado um corpo astral (perispírito), embora fosse ainda um corpo espiritual na sua fase inicial de evolução.

Nesse reino animal, embora somente em alguns animais superiores (macaco, cão, gato, cavalo, muar e o elefante), identifica-se uma inteligência rudimentar, indicando, então, a existência e o início do desenvolvimento do corpo mental. Além dos atos instintivos, observa-se, às vezes, atitudes que demandam certo grau de perspicácia e lucidez. Seria uma forma primitiva de inteligência relacionada apenas a coisas que importam à auto-preservação do animal. Existem certos espíritos elevados, certa classe de espíritos, que cuidam de toda a natureza, desde, por exemplo, uma simples montanha rochosa, até todos os tipos de animais. São chamados também por Devas.

Até alcançarmos a idade da razão, com o título de Homem, dotado de raciocínio e discernimento, o ser automatizado em seus impulsos, na romagem para o reino angélico, despendeu nada menos de um bilhão e meio de anos, conforme nos ensina o espírito André Luiz. Esse foi o tempo aproximado que o princípio consciencial levou, passando pelos diversos reinos, até chegar ao reino hominal. Até então, o progresso tinha uma orientação centrípeta, ou seja, de fora para dentro; o ser crescia pela força das coisas, já que não tinha consciência de sua realidade, nem tampouco liberdade de escolha. Ao entrar no reino hominal, com a conquista da razão, aparece o raciocínio, a lucidez, o livre-arbítrio e o pensamento contínuo. O ser humano está apto a dirigir a sua vida, pelo esforço próprio, a iniciar uma evolução de orientação centrífuga, de dentro para fora. Porém, a conquista da inteligência é apenas o primeiro passo que o Espírito vai dar em sua estadia no reino hominal. Deverá agora, iniciar-se na valorosa luta para conquistar os valores superiores da alma, que permitirá ao Espírito alçar-se à comunidade dos Seres Angélicos.

Quanto ao que falamos anteriormente sobre os animais, convêm fazermos um esclarecimento necessário. Logicamente, o corpo energético do animal é inferior ao do Homem, assim como o seu corpo astral e seu corpo mental, que existe apenas em alguns desses animais. No reino humano, formou-se um corpo energético muito sofisticado e bem elaborado; formaram-se maiores quantidades de chakras, ampliaram-se seu tamanho, forma, velocidade de rotação e brilho. Foram conquistados e foram formados, inclusive, determinados chakras superiores, que não existiam nos reinos anteriores; assim como o corpo astral e o corpo mental do Homem se tornaram extremamente mais desenvolvido e refinado. Cabe dizer, no entanto, que tanto o corpo energético, quanto o corpo astral e também o corpo mental são diferentes em cada indivíduo, conforme sua evolução. Logicamente, todos estes corpos citados, comparando um ser humano altamente espiritualizado e um ser humano "sub-humano", desses que matam um monte de gente, são absurdamente diferentes entre si.

Nas eras passadas, em épocas remotas, não mais lembradas, o ser humano, após ser digno de fazer uso de um corpo humano, ao longo de sua lenta, mas sempre ascendente evolução, desenvolveu cada vez mais e ampliou o corpo astral (responsável pelas paixões, emoções, sentimentos, etc), embora como já foi dito, esse corpo já existisse, em sua fase inicial, no reino anterior, no reino animal. Mais tarde, desenvolveu de tal forma o corpo mental (responsável pela elaboração de raciocínios, pensamentos, discernimento, imaginação, memória, etc) conseguindo, assim, avançar cada vez mais no tempo e no espaço, conseguindo, com sua "inteligência", construir e destruir sua própria civilização. Por aí se vê que o homem atual ainda não é um ser pronto e, quem sabe, nunca será. Estamos em constante e eterna evolução. Cada vez mais conquistamos partes maiores do nosso próprio Ser. Existe, em todos nós, nos diferentes corpos, nos diferentes aspectos que compõe o ser humano, um "barro" que precisa ser modelado por nós mesmos, por todos os meios possíveis, para transformarmos essa simples argila em uma escultura divina, onde o Criador, Ele próprio, reconhecerá em nós, Sua imensa Beleza, Grandeza, e Majestade.

É de conhecimento comum que os espíritos passam por um longo processo de reencarnações sucessivas, não apenas no orbe terráqueo, mas em diversos mundos espalhados pelo cosmos. Tivemos vidas em outros planetas e teremos mais vidas em outros "educandários espirituais" ao longo da eternidade, até que este processo de nascimento e morte cesse por completo e paremos de renascer e vivermos somente do espírito e pelo Espírito. Quando chegamos a esse ponto, sabemos que o tipo de vida que se leva é diferente e não pode ser totalmente compreendido por nós ainda em nosso atual estágio de evolução. Chegamos a conclusão, então, que existem transmigrações interplanetárias, ou seja, a entidade vai viver em diferentes sistemas de vida, com diferentes corpos, pois isso é necessário e indispensável para nosso crescimento.

Essas transmigrações espirituais acontecem da seguinte forma: um ser humano viveu seu período de vida na Terra, cumpriu seus deveres aos quais tinha se comprometido cumprir antes de nascer; quitou a parcela do seu karma perante o planeta, não tem mais dívida perante a Terra, nem com seus semelhantes terrestres, tem a consciência limpa e sabe, dentro do seu ser, que pode seguir seu caminho; esse ser quando desencarna vai para o Astral Terrestre, ou seja, às esferas espirituais que circundam o globo terráqueo. Pode também ficar nesse espaço espiritual por um tempo, trabalhando em benefício dos seres humanos. Um dia, sabemos, por Ordem Superior, ele vai ser chamado a novas responsabilidades, em outro ninho estelar, para continuar a subir as escadas rumo ao Paraíso Eterno.

Este ser, agora desencarnado, vai ser conduzido por Entidades Maiores do Astral Terrestre para o Astral de outro mundo habitado. É lógico que seu psicossoma (corpo astral, perispírito, etc) terá que sofrer modificações para viver e se adaptar à esse novo ambiente espiritual, pois terá que se revestir dos fluidos do novo globo para poder viver nesse lugar. Essa entidade transmigrada ao novo mundo, ficará um tempo neste novo Astral, aprendendo sobre a vida neste diferente berço planetário, até que seja conduzido a nascer, viver, e cooperar com a evolução do planeta e de todos os seus seres. Não viverá apenas para si, multiplicará muito mais de si mesmo, doando ao novo mundo, em todos os sentidos, tudo o que puder doar para que esse planeta brilhe mais na imensidão celeste e seja como uma jóia refulgente refletindo a infinita glória da Criação do Grande Arquiteto do Universo.

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