O vôo de Pegasus
Na cabeça os pensamentos voam, etéreos, efêmeros
Querer além dos horizontes, mais que uma madrugada
Morrer ou enfrentar o processo de renovação
Arrancar os defeitos, os sentimentos, curar as feridas
Seguir o horizonte onde o amor se esconde
Na brisa que o toca e na melodia que se ouve ao longe
Sentir o impacto no peito, e sozinho com agonia
Ter a sensação de voar sem ter asas
Olhar a lua mansa a se derramar
E descansar do seu caminhar sem rumo
Sente-se, no infinito aquela estrela só
E chora um amor feito água, escorrendo entre os dedos,
Com cheiro de partida
Um amor feito fogo, queimando o coração tão machucado
Amor feito ar, que se transforma em ventania
Soprando forte, fazendo o coração girar feito moinho de vento
Amor feito terra, a germinar a semente,
que crescerão nas nascentes, ferindo fundo o coração
Na imaginação esse jeito de se dar, deixa-o inconsciente
Momentos que valem os deslizes cometidos
Para ser feliz amando, como a brisa que toca seu corpo suavemente
Viaja na madrugada, deslizando silenciosamente
Uma santa às vezes e louca essa vida que desperta os sentidos
Acordando-o para viver
Deixando-o despido e levando a noite sobre si
Aparecida azevedo
Publicado no http://recantodasletras.uol.com.br em 23/05/08 - Pegasus
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