10 de junho de 2011

O CORPO PITUITÁRIO E A GLÂNDULA PINEAL



No cérebro, aproximadamente na posição indicada pelo diagrama 17, há dois

pequenos órgãos chamados corpo pituitário e glândula pineal. A ciência médica não sabe

quase nada a seu respeito nem de outras glândulas do corpo.

A ciência chama à glândula pineal “terceiro olho atrofiado”. Nenhum daqueles

órgãos está se atrofiando. Isto é um manancial de perplexidades para os cientistas. A

Natureza nada conserva inútil. Em todo o corpo encontramos órgãos em desenvolvimento

ou em atrofia. Sendo estes assim como marcos milenários no caminho seguido pelo homem

até o seu estado atual de desenvolvimento, indicando futuros aperfeiçoamentos e

desenvolvimentos. Por exemplo, os músculos que os animais empregam para mover a

orelha existem também no homem. Muito poucas pessoas podem movê-los, estão

atrofiando. O coração pertence à classe dos que indicam desenvolvimento futuro. Como já

indicamos, está a converter-se num músculo voluntário.



O corpo pituitário e a glândula pineal pertencem a outra classe de órgãos, que

atualmente não degeneram nem se desenvolvem: estão adormecidos.

Num passado remoto, o homem estava em contato com os mundos “internos”, e

esses órgãos eram o meio de ingresso. Estavam relacionados com o sistema nervoso

simpático ou involuntário. No Período Lunar, última parte da Época lemúrica e primeira da

Atlante, o homem via os mundos internos. As imagens apresentavam-se-lhe completamente

independentes da sua vontade. Os centros dos sentidos do corpo de desejos giravam em

direção contrária à dos ponteiros de um relógio (seguindo negativamente o movimento da

Terra, que gira em torno do eixo, nesse direção) como atualmente os dos médiuns. Na

maioria dos homens esses centros são inativos, mas o desenvolvimento apropriado pô-los-á

em movimento, na mesma direção em que giram os ponteiros de um relógio, com se

explicou anteriormente. Essa é a parte difícil no desenvolvimento da clarividência positiva.

O desenvolvimento da mediunidade é muito mais fácil; é simples revivificação da

função negativa que possuía o homem no antiquíssimo passado, pela qual o mundo externo

refletia-se nele e cuja função era retida pela endogamia. Nos atuais médiuns essa faculdade

é intermitente. Sem razão alguma aparente podem “ver” umas vezes e outras não.



Ocasionalmente, o intenso desejo do interessado permite ao médium pôr-se em contato com

a fonte de informação que procura e nessas ocasiões vê corretamente. Mas, nem sempre se

porta honestamente. Tendo de pagar despesas de aluguel e outras, quando lhe falta o poder

(sobre o qual não tem o menor domínio consciente) recorre à fraude e diz qualquer absurdo

que lhe ocorra para satisfazer o cliente e não perder o dinheiro, desacreditando aquilo que

noutras ocasiões realmente viu.



O aspirante à verdadeira visão e discernimento espiritual deve, antes de tudo, dar

provas de desinteresse. O clarividente idôneo não tem “dias livres” nem, de nenhum modo,

é como um espelho negativo, dependente dos reflexos que de qualquer forma o possam

atingir. Em qualquer momento, pode olhar e ver os pensamentos e planos dos demais,

sempre que dirija sua atenção especialmente para isso.



É fácil de compreender o grande perigo que traria à sociedade o uso indiscriminado

desse poder, se estivesse em mãos de qualquer indivíduo, visto que por meio dele, podem

ser lidos os mais secretos pensamentos. O Iniciado, pelo voto mais solene, obriga-se a não

empregar jamais esse poder para servir seus interesses individuais, sequer em grau mínimo,

nem para salvar-se de qualquer dor ou tormento. Pode dar de comer a cinco mil pessoas, se

o deseja, mas não pode converter uma pedra em pão para aplacar a própria fome. Pode

curar os outros da paralisia ou da lepra, mas não pode usar a Lei do Universo para curar

suas próprias feridas mortais. Está ligado a um voto de absoluto desinteresse e, por isso, é

sempre certo que o Iniciado, ainda que possa salvar os outros, não pode salvar-se.

O clarividente educado, o que realmente tem algo a dar, não aceitará jamais nenhum

donativo ou qualquer compensação para exercer sua faculdade. Mas, dará e dará

desinteressadamente, tudo o que considere necessário ou compatível com o destino gerado

ante a lei de Consequência pela pessoa a quem vá ajudar.



Usa-se a clarividência desenvolvida para investigar os fatos ocultos. É a única que

serve realmente para esse objetivo. Portanto, o estudante deve sentir um desejo santo e

desinteressado de ajudar a humanidade e não um desejo de satisfazer uma tola curiosidade.

Enquanto esse desejo superior não exista, não se pode fazer progresso algum em direção à

clarividência positiva.



Nas idades transcorridas desde a Época Lemúrica, a humanidade construiu

gradualmente o sistema nervoso cérebro-espinhal, o qual está sob o controle da vontade. Na

última parte da Época Atlante, o sistema já estava tão desenvolvido que foi possível ao Ego

tomar posse plena do corpo denso. Isto, como já foi descrito, efetuou-se quando o ponto do

corpo vital se pôs em correspondência com o ponto da raiz do nariz do corpo denso. O

espírito interno despertou para o Mundo Físico, e a maior parte da humanidade perdeu a

consciência dos mundos internos.



Desde esse tempo, a conexão entre a glândula pineal, o corpo pituitário e o sistema

nervoso cérebro-espinhal foi se realizando lentamente e já quase está completa.

Para voltar a obter o contato com os mundos internos tudo se resume em despertar

de novo o corpo pituitário e a glândula pineal. Quando isto se realizar o homem possuirá

novamente a faculdade de perceber os mundos superiores, porém em mais alto grau do que

antes, porque estará em conexão com o sistema nervoso voluntário e, portanto, sob o

domínio da vontade. Essa faculdade de percepção abrir-lhe-á todas as fontes do

conhecimento. Comparados com este meios de adquirir conhecimento, todos os demais

métodos de investigação não são mais do que brinquedos de crianças.

O despertar desses órgãos efetua-se por meio da educação ou treinamento esotérico,

que agora descreveremos, tanto quanto se possa fazer publicamente."



Max Heindel in Conceito Rosacruz do Cosmos

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