12 de agosto de 2013

COLÔNIAS ESPIRITUAIS: EXISTEM OU NÃO??


 
 Dúvida interessante que recebi pelo email do blog:
“Olá José. Hoje li um texto MUITO estranho, é de uma pessoa que recebeu essa "informação" de um amigo espiritual dele sobre as colônias espirituais, tema que ainda gera muita polêmica no meio espírita, principalmente com os ortodoxos. O texto é o seguinte (é um pouco longo, desculpe, mas fiquei realmente confuso sobre isso, e você explica muito bem os fatos, espero que possa me ajudar):

O ser humano sempre procura compreender algo para o que não possui a menor capacidade de compreensão. Quer compreender como se relacionam os espíritos libertos da humanização, quando ainda nem compreende o que é estar humanizado.

Para ajudar, relembro a resposta do Espírito da Verdade à pergunta quatorze do Livro dos Espíritos:

“Deus existe; disso não podeis duvidar e é o essencial. Crede-me, não vades além. Não vos percais num labirinto donde não lograríeis sair. Isso não vos tornaria melhores, antes um pouco mais orgulhosos, pois que acreditaríeis saber, quando na realidade nada saberíeis”.

A mente humana está sempre preocupada em desvendar o que é insondável para ela. A do espiritualista, por exemplo, preocupa-se muito em sondar o mundo espiritual para conhecer o que lá existe, mas para ela isso é impossível. A mente humana não pode conhecer perfeitamente o que existe além da matéria porque não possui elementos capazes de perceber a realidade. Por isso, o que ela faz, na verdade, é usar elementos conhecidos na Terra e afirmar que eles existem no mundo espiritual, mas isso é irreal.

Veja os relatos da literatura espírita a respeito das cidades espirituais. Segundo as mentes humanizadas, lá existem ruas, praças, casas, etc., mas nada disso é real. O mundo espiritual é sem forma e por isso estas coisas não podem existir lá. Na verdade existem outras coisas, mas como a mente humana é incapaz de criar a percepção do que existe por falta de elementos para tanto, ela reproduz o que conhece. No caso das cidades espirituais, as mentes humanizadas concebem a existência destes elementos justamente por conta da forma das cidades materiais. Ou seja, ela projeta para o mundo espiritual aquilo que sabe existir no material.

É por isso que o Espírito da Verdade afirma: “acreditaríeis saber, quando na realidade nada saberíeis”. Vocês acreditam saber como é uma cidade espiritual, acreditam saber como o espírito se comporta livre da humanização, mas nada sabem. Vocês apenas têm conclusões que a mente toma a partir do que ela conhece o que não espelha a realidade.

Apesar deste aviso de Kardec, vocês ainda continuam curiosos pelo que há no mundo espiritual e por isso fazem perguntas, mas mesmo que eu quisesse dar respostas não poderia. Por quê? Porque não existem palavras para relatar o que há lá. Sendo assim, não poderia lhe responder, porque se eu dissesse que há espíritos que se relacionam sem sistemas de vida, vocês iria me perguntar como isso acontece e eu não teria palavras para descrever esta relação.

Vocês ainda não resolveram a sua vida atual, ou seja, ainda não resolveram a questão da reforma que precisam fazer, porque, então, se preocupar com o que existe além do que estão vivendo agora? É como Cristo respondeu aos seus discípulos quando eles quizeram saber o que acontecerá ao final da vida: “vocês ainda não conhecem o início, como querem conhecer o fim?”

A questão é muito importante porque ela nos leva a abordar a questão dos valores espirituais. Tudo o que suas mentes criam como valores para as coisas espirituais são tratadas como normas que geram obrigações e necessidades, por isso o ser humanizado também precisa se desapegar delas. Mas, como elas são rotuladas como algo sagrado, santo ou sábio, vocês acham que devem manter-se apegados a elas, presos à crença de que são verdades.

É preciso que compreendam que não conhecem nada do mundo espiritual. Mais: que jamais podem conhecer enquanto ligados à personalidade humana. Isso porque a mente para distraí-los quanto à realização do trabalho da reforma íntima, coloca como fundamento para este fim o conhecer o que está além da carne. Dessa forma, aquele que acredita poder conhecer o que é insondável parte para uma busca infrutífera e acaba não realizando o que pode ser feito.

A mente explora diversos temas nos raciocínios da vida para poder lhe afasta-los do ponto principal. Ela fala em vida profissional, em precisar ter, em relacionamentos familiares, etc., mas todas estas histórias só servem para encobrir a sua submissão a um sistema de vida que lhe faz viver em desacordo com o que os mestres ensinaram. O conhecimento sobre as questões espirituais é mais um tema que a mente usa para distraí-los, principalmente aos espiritualistas e espíritas.

O tema não importa: o importante é saber que o que é pensado nada mais é do que o resultado da aplicação de uma norma individual que foi criada para preservar a existência de posses, paixões e desejos. Portanto, concentrem-se em fazer esta identificação e não nas curiosidades e conclusões que a mente criar, sejam elas sobre quais temas forem.

Eu li, mas o que entendi é que pelo relato dele, as obras de André Luiz seriam completamente invalidadas, no caso, pois ele afirma não existir colônias, construções, etc. Eu sempre acreditei em colônias, mas fiquei meio perdido ao ler isso, e você sempre me esclarece os pontos que estou com dúvidas, agradeceria muito se puder me ajudar.

Obrigado mais uma vez! Abraço”

Resposta: Esse texto é uma verdadeira heresia, pra não usar uma outra palavra mais feia. Não sei se o médium que recebeu tal mensagem é teósofo (na teosofia não se acredita na existência de colônias astrais), se é um espírita ortodoxo ou simplesmente foi fascinado por algum espírito brincalhão.

Existem diversos relatos, não apenas de projetores, como de pessoas que vivenciaram experiências de quase morte, como ainda os relatos de médiuns com grande experiência como Chico Xavier sobre a existência das colônias espirituais.

O mundo material nada mais é do que uma cópia do mundo espiritual, da mesma forma que o corpo físico é uma cópia do perispirito, entretanto, mesmo o perispirito, ainda possui principio material, tanto que é definido pelos estudiosos da espiritualidade como um corpo semi material. Somente mundos de grandíssima evolução não apresentam mais forma, pois de resto, os mundos espirituais são bem parecidos com o mundo material. São menos materializados, mas ainda existe matéria, a ação mental do espírito é mais ampla, certas leis como a da gravidade e da coesão atômica não são tão fortes como no mundo físico, mas ainda assim existem.

O que percebo é que ultimamente cada vez mais pessoas têm vivenciado experiências astrais, seja em projeções ou sonhos lúcidos, como forma de auxiliar no despertar espiritual e obviamente isso causa incômodo nos espíritos trevosos, que se utilizam de médiuns ainda presos a certos paradigmas ou excessivamente teóricos, mas que nunca vivenciaram um fenômeno (projeção) semelhante no astral e por isso tornam-se presas mais fáceis para supor que as colônias astrais não existam.

Para as entidades trevosas não interessa nem um pouco que os encarnados tenham acesso as informações sobre a vida espiritual e menos ainda que vivenciem experiências lúcidas no astral, por isso tamanho interesse em utilizar canalizadores ou médiuns desavisados para desacreditar tais experiências.

Isso não é novidade, existe gente ainda que se diz “iniciado”, “mago”, mas que afirma de pé junto que somente “cascões astrais” (cadáveres astrais) se manifestam nas reuniões espíritas, uma grande bobagem que surgiu entre alguns seguidores da teosofia que esqueceram de ler as obras de uma dos maiores expoentes da Teosofia, que foi a médium Anie Besant que afirmou claramente a existência da comunicação espiritual de espíritos desencarnados e não de somente “cascões astrais”, que muitas vezes nem são “cascões” mas sim os chamados artificiais, que por sua vez nada mais são do que formas pensamento moldadas com matéria astral e ectoplasma, comandadas mentalmente a distância por magos negros e que, em alguns casos, são enviados pelos próprios magos negros com ou no lugar de simples obsessores nas sessões de desobsessão para confundir os médiuns.

Resumindo, a comparação do mundo espiritual com Deus (feita no texto) é fora de propósito, pois falta muito até que nós possamos viver em mundos espirituais próximos de Deus, onde não existe mais perispírito, mas tão somente o espírito.

Supor que acima do mundo físico só exista um mundo de seres arcangélicos ou divinos, sem qualquer vinculo com a matéria seria o mesmo que supor que acima do mundo material que vivemos só existe Deus, quando em verdade existem diversos níveis de planos e dimensões semi materiais, cada vez menos materializados à medida que se aproximam da Fonte (Deus) em nível vibratório.

Já está mais do que na hora de muitos médiuns, inclusive os espíritas, se libertarem do excessivo intelectualismo vazio que decora fonte tal, do livro tal e ao invés de viverem de referências bibliográficas, viverem mais a prática, não somente a prática caritativa, mas a prática do pleno desenvolvimento da consciência no mundo espiritual, que passa pelo desenvolvimento das qualidades projetivas e da percepção das colônias astrais no astral inferior, intermediário e superior. O tempo da descrença na existência das colônias espirituais já deveria ter acabado após uma plêiade de obras trazidas por Chico Xavier a partir de Nosso Lar e posteriormente, como os relatos mais recentes do médium Róbson Pinheiro. Cada dia que passa mais e mais pessoas vivenciam experiências projetivas lúcidas e semi-conscientes e precisam de estudos, novas informações, para compreenderem a dinâmica dos fenômenos que vivenciam.

No blog eu relatei diversas experiências projetivas pessoais e no livro também, com a descrição minuciosa de edificações, atividades e formas de ligação entre as colônias. Posso dizer pelas experiências que vivenciei que as colônias astrais existem, que os relatos do Chico, do Robson e do Hercílio são verídicos e que cada um deve buscar nessas fontes o estudo e uma melhor compreensão das experiências que tenha começado a vivenciar, pois nas próximas duas décadas até o ápice da Tribulação as experiências espirituais no seio da humanidade serão cada vez mais intensas.
 

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