13 de abril de 2013

Clarividencia
 


Existe a clarividência e a pseudoclarividência. O estudante gnóstico deve fazer uma clara distinção entre estas duas formas de percepção ultra-sensível. A clarividência baseia-se na objetividade, ao passo que a pseudo-clarividência fundamenta-se na subjetividade. Entende-se por objetividade a realidade espiritual, o mundo espiritual. Entende-se por subjetividade o mundo físico, o mundo da ilusão, portanto aquilo que não tem realidade. Existe também a região intermediária - o mundo astral - que pode ser objetivo ou subjetivo, segundo o grau de desenvolvimento de cada qual.

Conhece-se como pseudo-clarividência a percepção imaginária, a fantasia, as alucinações naturais, as alucinações evocadas artificialmente, os sonhos absurdos, as visões astrais que não coincidem com os fatos concretos, a leitura dos próprios pensamentos projetados inconscientemente na luz astral, a criação inconsciente de visões astrais interpretadas posteriormente como autênticas realidades, etc.

Entram também no campo da pseudo-clarividência o misticismo subjetivo, o falso misticismo, os estados pseudo-místicos que não têm nenhuma relação com o sentimento intenso e claro, mas que, ao contrário, se aproximam da História e da pseudo Magia, ou, em outras palavras, as falsas projeções religiosas projetadas inconscientemente na luz astral e em geral tudo aquilo que na literatura ortodoxa recebe o nome de “beleza” (sedução).

CLARIVIDÊNCIA OBJETIVA

Quatro são os estados mentais que conduzem o neófito aos píncaros inefáveis da clarividência objetiva. Primeiro: sono profundo. Segundo: sono com sonhos. Terceiro: estado de vigília. Quarto: Turiya ou estado de perfeita iluminação. Realmente só o Turiya é o autêntico clarividente. É impossível chegar a estas alturas, sem haver nascido no mundo Causal.

A REALIDADE

Todos os Santuários Gnósticos devem tomar cuidado com aquelas pessoas que louvam a si mesmas e se auto-intitulam clarividentes. Todos os Santuários Gnósticos devem desenvolver ao máximo a vigilância a fim de se protegerem dos espetaculares pseudo-clarividentes que de vez em quando aparecem em cena para caluniar e desacreditar aos outros, assegurando que fulano é feiticeiro, que beltrano é mago negro e que sicrano está caído, etc. Urge compreender que nenhum autêntico Turiya possui orgulho. Realmente, todos aqueles que dizem “eu sou a reencarnação de Maria Madalena”, “Eu sou João Batista”, “Eu sou Napoleão”, etc., são bobos orgulhosos, pseudo-clarividentes iludidos, gente estúpida.

Nós não somos mais do que miseráveis partículas de pó, não somos mais do que vermes horríveis do lodo, em comparação com a terrível e gloriosa majestade do Pai. Isto que estou afirmando não é uma questão alegórica e nem simbólica, pois estou falando literalmente, cruamente, uma terrível realidade. Na verdade é o Eu que diz: “Eu sou o Mestre tal”, “a reencarnação do Profeta tal”. O certo é que o Eu animal é Satã. É o Eu, o Ego Diabo, que se sente Mestre, Mahatma, Hierofante, Profeta, etc...

Mestre Samael – Matrimônio Perfeito.

Para jogar mais luz nesta questão e para ninguém mais ser enganado ou auto-enganado e tão pouco dar ouvidos a estes videntes vamos recorrer ao Mestre Rabolu com sua infinita sabedoria, para ver o que ele diz sob este particular também.

Mestre, que nos pode dizer desses pseudo-videntes?

“Olhe, vou explicar este ponto que é muito importante: A vidência qualquer um pode desenvolvê-la; porém, não quer dizer que o vê esse vidente é um fato. A Luz astral é muito diferente e não podemos relacionar o que estamos vendo com um evento aqui, físico, porque, além disso existe a simbologia e a sabedoria dos números. De modo que, pois, um elemento destes pode causar muitíssimo dano. Conheci todos os videntes que despertaram e os vi ir ao abismo. Caluniaram o Mestre Samael e sua esposa, dona Arnolda, horrivelmente. São os piores inimigos que podemos ter, porque eles vêem através dos egos.

Um elemento cheio de defeitos, ou de ego, os mesmos egos o enganam através de sua vidência; está vendo o que é ele por dentro e, sem dúvidas, se vê uma pessoa com chifres, pela mente dele (do vidente) não pode passar que o que está vendo é uma representação de si mesmo, senão crê que é fulano ou sicrano que tem chifres e rabo. De modo que, pois, estes elementos são supra mente perigoso dentro do Ensinamento. O verdadeiro vidente não anda dizendo nem apregoando, guarda silêncio”.

Mestre Rabolu

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