15 de outubro de 2011

O Amor Versus a Razão



A mente humana é como um pêndulo de um relógio que

flutua entre a razão e a emoção. Nossa capacidade de tolerar,

solidarizar-nos, doar-nos, divertir, criar, intuir, sonhar são

algumas das maravilhas que surgem desse complexo

pêndulo. O amor é seu fruto mais excelente. Cuidado com

os desvios desse pêndulo.

Se formos minimamente racionais e excessivamente

emocionais, viveremos inúmeras "dores de cabeça",

construiremos nossos próprios conflitos. Sentiremos medo

diante de pequenas coisas, ansiedade por fatos que ainda não

aconteceram, perturbações por fantasias estúpidas, angústias

pelas críticas e opiniões alheias. O amor será desinteligente:

intenso, mas agressivo; forte, mas controlador; doador, mas

cobrador. O amor desinteligente é desfocado, reduz a

capacidade de fazer escolhas e retrai a arte de aprender.

Por outro lado, se formos minimamente emocionais e

excessivamente racionais, amaremos pouco, nos

entregaremos precariamente e sonharemos escassamente.

Seremos sem brilho, ainda que sob os aplausos sociais;

miseráveis, ainda que com elevadas somas de dinheiro;

imaturos, ainda que com notável cultura acadêmica. Os que

pautam sua agenda quase que somente pela razão chafurdam

na lama do tédio, não conquistam, são previsíveis,

engessados, sem criatividade. Não encantam a si e nem aos

outros.

O amor precisa de doses elevadas de emoção, mas sem

dispensar doses serenas da razão. Precisa correr riscos, mas

sem abrir mão de pensar nas consequências. Necessita da

entrega, mas sem esperar demasiadamente o retorno. O

amor sem os alicerces da razão gera uma superproteção. E a

superproteção asfixia a criatividade, bloqueia a capacidade de

lidar com desafios, aprisiona a determinação.


Compartilho trecho do livro mentes brilhantes, mentes treinadas de Augusto Cury.

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